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Cloud trouxe agilidade ao mundo dos negócios

A nuvem alterou as regras do jogo empresarial. Entre outras vantagens, agora, é mais fácil adaptar a infraestrutura às necessidades do quotidiano. Seja para aumentar, seja para diminuir, aportando uma boa dose de celeridade aos negócios.

09 de Março de 2023 às 14:30
Vasco Afonso, executive director da Claranet Portugal Pedro Ferreira
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Netflix, Ebay, Zoom e Instagram. Empresas com conceitos diferentes, modelos de negócios distintos, mas com algo em comum: a cloud. Aliás, sem a cloud, estas empresas ou simplesmente não existiam ou teriam um portefólio de produtos e serviços radicalmente diferente. "Estes são apenas quatro exemplos entre milhões de outras empresas, em todo o mundo, que criaram modelos de negócio inovadores com base na nuvem. A cloud veio revolucionar a forma como as empresas hoje fazem negócio", explicou Vasco Afonso, executive director da Claranet Portugal na primeira talk dedicada ao tema "O impacto do progresso tecnológico no crescimento das organizações (e do país)", que teve lugar na Nova SBE, em Carcavelos.

Na realidade, com a cloud, hoje estamos à distância de um clique de poder testar novos conceitos, fazer interações de uma forma particularmente ágil ou criar um produto ou serviço e lançá-lo rapidamente para um mercado que está em constante mudança. Ou seja, a nuvem veio trazer, sobretudo, agilidade ao mundo dos negócios.



Por outro lado, na sua intervenção, Vasco Afonso destacou a capacidade da cloud acelerar o trabalho remoto. "Acontece em todas as empresas, com equipas híbridas, umas a trabalhar onsite, outras a trabalhar remotamente. Podemos ter as nossas equipas a trabalhar em qualquer parte do mundo, no mesmo projeto, e com ganhos de eficiência e de produtividade face ao que tínhamos antes, quando as pessoas tinham de trabalhar no mesmo local." Portanto, é agora possível canalizar todo o conhecimento e experiências das equipas e focá-las no desenvolvimento de soluções e serviços cada vez mais inovadores.

Armazenar e escalar

Outra questão relevante quando se fala em cloud é o armazenamento dos dados, que ganhou todo um novo patamar de facilidade. "Hoje, para além de armazenar, é muito mais fácil analisar grandes volumes de dados e termos noção, em tempo real, dos padrões de consumo dos clientes e das tendências do mercado. E, obviamente, sermos assim mais ágeis naquilo que são as decisões do dia a dia das empresas no desenvolvimento dos seus serviços e produtos." Para além do mais, garante Vasco Afonso, as empresas já não necessitam fazer investimentos significativos em infraestruturas e hardware quando podem alugar a capacidade de computação ou de armazenamento que precisam a cada momento. A vantagem, explana Vasco Afonso, é que desta forma é possível canalizar recursos para o desenvolvimento de novas soluções e conceitos inovadores. "Também nesse aspeto a cloud veio facilitar."

Hoje, para além de armazenar, é muito mais fácil analisar grandes volumes de dados e termos noção, em tempo real, dos padrões de consumo dos clientes e das tendências do mercado. Vasco Afonso
Executive director da Claranet Portugal
E se poder escalar as necessidades de computação, por haver uma maior procura, é muito atrativo, também reduzir as infraestruturas não deixa de ser interessante, permitindo que as empresas, "de uma forma muito mais inteligente", reajam ao que são as necessidades do mercado em cada momento.

O exemplo da Condé Nast

Um dos exemplos que Vasco Afonso trouxe para esta primeira talk do Prémio Nacional de Inovação foi o do cliente da Claranet Condé Nast, um dos maiores grupos internacionais de edições de revistas, que decidiu há uns anos migrar toda a sua infraestrutura para a cloud, não por uma questão de maior eficiência, performance ou mesmo segurança, mas por uma questão de sobrevivência. "O negócio deste tipo de empresas está a mudar radicalmente. Enquanto no passado a maior parte das receitas provinha da venda de revistas em formato tradicional, em papel, e da publicidade, hoje, cada vez mais, estas empresas produzem conteúdos que são disponibilizados digitalmente. E muitas vezes de forma gratuita." Ou seja, as receitas acabam por estar (ainda) mais sustentadas na publicidade. "Isso traz alguns desafios, nomeadamente a angariação de clientes."

Neste caso, a Claranet implementou na revista do grupo Vanity Fair um projeto-piloto denominado Genius, que tinha por objetivo conseguir de forma automática reconhecer as celebridades de cada vez que um freelancer colocasse uma foto na cloud. Ao mesmo tempo, aplicar um conjunto de tags, que depois eram essenciais para a construção de galerias de fotos. Desta forma seria possível recomendar ao leitor novos artigos do seu interesse, mantendo-o fiel ao produto.
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