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O que distingue os gestores portugueses? Improviso e claustrofobia

A capacidade de improviso é uma característica dos gestores nacionais que tem na claustrofobia um dos seus problemas.

24 de Junho de 2015 às 11:00
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Os pontos fortes dos gestores portugueses são a versatilidade e a adaptabilidade, segundo António Brochado Correia, da PwC. Os últimos cinco anos da economia portuguesa são uma boa ilustração dessas qualidades dos empresários e gestores portugueses.


A capacidade de improviso é, na opinião de Soledade Carvalho Duarte, "managing partner" da Invesco Transearch, uma das características que diferencia os gestores portugueses "dos seus congéneres, sobretudo europeus" pois em determinadas circunstâncias encontram "saídas e soluções para problemas de difícil, ou mesmo aparentemente impossível, resolução". Mas acrescenta que esta característica é arriscada e pode até ser perigosa.


Um dos problemas da gestão portuguesa é a sua claustrofobia. Segundo Soledade Carvalho Duarte, "quase tudo em Portugal é pequeno, circunscrito e funciona muito em circuito fechado. Esta dimensão algo claustrofóbica prejudica algumas das decisões e impede desempenhos mais arrojados".

Refere que é raro um gestor português interrogar-se perante um problema grave como outros gestores e outras empresas fizeram para o ultrapassar. Por vezes, "falta-lhes mundo, capacidade para pensarem para além das fronteiras e dos limites que se auto-impuseram, falta-lhes capacidade de reflexão  e muitas vezes ficam tolhidos pelo medo de tomarem decisões".

António Brochado Correia detecta como ponto fraco a existência de "alguma falta de disciplina e rigor de análise nas várias funções das suas organizações". 

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