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Empresas portuguesas têm de ser meritocráticas

Luís Pais Correia, partner da Thesis Energy, e Ana Neves, head marketing excellence da Bayer HealthCare, elogiam o sistema meritocrático de algumas multinacionais

24 de Junho de 2015 às 11:00
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Na opinião de Luís Pais Correia, partner da Thesis Energy, o problema da qualidade da gestão em Portugal não está nas pessoas. Acrescenta que "ter uma experiência internacional é enriquecedor para qualquer um, mas não me parece que a qualidade da gestão melhore porque se podem importar melhores práticas ou novas mentalidades".

Acredita que o processo será gradual e quanto mais internacional for a economia portuguesa, tanto pela entrada de capital de estrangeiro como pela internacionalização das empresas nacionais, "mais depressa a ‘convergência’ ao nível da gestão se fará".


Luís Pais Correia diz que a meritocracia era o que as empresas portuguesas deviam aprender mais rapidamente com as multinacionais: "Não é quem tu conheces, a tua família ou a tua tribo, que conta mas o valor que podes criar para o teu accionista".

Mas este gestor não deixa de assinalar que as multinacionais não são todas iguais. Dá como bons exemplos a Nestlé, Procter & Gamble e muitas empresas americanas ou inglesas. Os maus exemplos vêm de muitas empresas francesas "onde ainda conta mais a nacionalidade ou a universidade onde se andou do que os resultados que se obtêm".


Ana Neves sublinha que nunca trabalhou numa empresa portuguesa por isso só pode falar da sua experiência profissional. Esta diz-lhe que as multinacionais por onde passou têm níveis de eficiência e organização elevados. "É um sistema meritocrático, ou seja, não interessa de onde vem a pessoa, e desde que seja capaz e demonstre adicionar valor à empresa pode ter oportunidades de progressão na carreira", explica a gestora.

As multinacionais oferecem possibilidades para o desenvolvimento dos seus colaboradores, com oportunidades de trabalhar em vários países, diversas funções, pessoas de várias nacionalidades, formação. A Ana Neves agrada-lhe também "o facto de haver um grande enfoque nas regras de ‘compliance’ e regulamentos, o que protege os trabalhadores, ou seja, não se sentem pressionados a terem condutas ilegais".

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