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Bankinter vai conceder mais crédito às empresas

O objectivo era conceder, em 2019, 1,5 mil milhões de euros de crédito às empresas, mas o ritmo de concessão pode aumentar esse montante.

24 de Abril de 2019 às 16:00
Alberto Ramos, CEO do Bankinter, diz que o banco tem no seu ADN o apoio às empresas. Inês Gomes Lourenço
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O Bankinter começou há 54 anos como um banco industrial e portanto "tem na sua génese, no seu ADN o apoio às empresas, conhece esse negócio", referiu Alberto Ramos, CEO do Bankinter Portugal. Chegaram a Portugal, a 1 de Abril de 2016, e anunciaram que vinham para apoiar as empresas e as famílias, e ajudar "a economia portuguesa a crescer". Nessa altura "falávamos de um propósito, hoje falamos de uma certeza, de algo que está a acontecer de forma crescente ao longo destes três anos e temos a ambição, que nos próximos anos, o nosso contributo seja cada vez maior", relembrou Alberto Ramos.

A banca é um negócio que assenta em pessoas e, portanto "o que temos a fazem termos de empresas é reforçar as nossas equipas, quer internamente, quer indo ao mercado em busca de profissionais de qualidade, e com isso criar condições para ter uma capacidade de chegar aos clientes, de uma forma rápida, próxima e com qualidade, o que é fundamental para apoiar os clientes", diz Alberto Ramos. O Bankinter tem vindo a abrir centros de empresas e de corporate.
Alberto Ramos, CEO do Bankinter, diz que o banco tem no seu ADN o apoio às empresas.
Quanto a oferta e ferramentas, o Bankinter tem vindo a trabalhar no sentido de criar uma oferta que seja capaz de responder a todo o tipo de necessidades das empresas e nesse sentido, "dou o exemplo de uma ferramenta online que desenvolvemos e que permite apoiar as empresas portuguesas e tudo o que seja as necessidades de comércio internacional, que se chama Plataforma de Negócios Internacional e acreditamos que dá valor acrescentado às empresas que nela operam", explicou Alberto Ramos.

Crédito e conferências

O Bankinter tinha como objetivo conceder 1,5 mil milhões de euros de crédito às empresas. Mas, segundo Alberto Ramos, "o primeiro trimestre foi muito positivo e estamos a um ritmo superior a esse montante, e ponderamos ultrapassar esse montante até ao final do ano". Acrescentou que "estamos satisfeitos porque fazemos de uma forma responsável, equilibrada, onde olhamos para o risco de crédito mas também não deixamos de perceber qual é o nosso papel no apoio à economia e às empresas", salientou Alberto Ramos.

É o último ato de um ciclo de conferências, que "foi muito positivo, que se integra no princípio de proximidade com as empresas, com os empresários, com o mercado". Portanto, anunciou Alberto Ramos, vai ser feito um segundo ciclo de conferências da Plataforma Empresarial, porque os temas são importantes e "é um contributo da nossa parte para o crescimento económico em Portugal".

Este ciclo de conferências foi bom para as empresas, pela partilha de ideias e pelos exemplos práticos. Para o banco foi "enriquecedor porque, muitas vezes, os desafios que nós enfrentamos são também aqueles que as empresas portuguesas enfrentam, o que é para nós uma oportunidade para aprendermos e de crescermos enquanto organização, e, por outro lado, porque estando próximos das empresas e dos empresários, somos capazes de perceber melhor aquilo que são os seus desafios e as suas necessidades e adaptar a nossa oferta, os nossos produtos e serviços", concluiu Alberto Ramos.

Bancos têm apetite por bons projetos

A banca financia projetos que façam sentido, que tenham rentabilidade e retorno para devolver os capitais e em que os empresários contribuem com capitais próprios e olham para os apoios que o Governo facilita

"Temos vindo a construir ao longo dos três anos que estamos em Portugal uma oferta muito alargada que cobre as expectativas dos clientes mais sofisticados tanto das empresas mais pequenas ou médias como das empresas grandes", explicou José Luis Vega, diretor de empresas do Bankinter Portugal.

José Luis Vega diz que a oferta do Bankinter cobre as expectativas dos clientes mais sofisticados.
José Luis Vega diz que a oferta do Bankinter cobre as expectativas dos clientes mais sofisticados. Inês Gomes Lourenço

Incluem-se não só os produtos mas também ferramentas que permitem aos clientes funciona com o banco à distância como a plataforma de comércio internacional em que as empresas clientes do Bankinter operem sem necessidade de utilizar papel com o banco. "Temos vindo a investir muito dinheiro no desenvolvimento de novas funcionalidades na internet e no móvel para os particulares e para as empresas e os nossos clientes empresas estão a operar cada vez mais através do mobile e internet", refere José Luis Vega. "Temos uma oferta abrangente para os clientes mais desafiantes", acrescenta.

Além disso, o Bankinter continua a alargar a presença no mercado. Em abril deste ano o Bankinter abriu mais três centros de empresas, que tratam de empresas até 50 milhões de euros de volume de negócios, "ficando com uma rede bastante alargada". Têm dois centros corporate, em Lisboa e Porto, para empresas com mais de 50 milhões de euros.

Pessoas e crédito

"Os produtos na banca acabam por ser um commodity, os preços não se diferenciam muito entre as diversas entidades. Estou convicto que o grande valor acrescentado do Bankinter está nas equipas, que estão muito vocacionadas para o cliente, que gostam dos desafios e que têm entusiasmo. E como não temos problemas podemos dedicar o nosso tempo ao cliente", referiu José Luís Vega, que fez uma vénia ao talento português dizendo que há 30 portugueses que foram para o Bankinter em Espanha.

Em termos de produtos de crédito, têm opções que vão do fundo de maneio a financiamentos estruturais, a mais longo prazo. "Temos assinado todos os convénios das linhas Capitalizar, e temos clientes que nos solicitam financiamentos deste estilo e como prova deste nosso contributo, o Bankinter foi, no ano passado, o banco que, na carteira de credito, mais cresceu em termos relativos, e o segundo banco que mais cresceu em termos absolutos".

Diz-se que a banca não está disponível para apoiar projetos de investimento, mas, segundo José Luis Vega, "a banca financia projetos que façam sentido, que tenham rentabilidade e retorno para devolver os capitais e em que os empresários contribuem com capitais próprios e olham para os apoios que o Governo facilita". Sublinha que "há um grande apetite dos bancos por este tipo de projetos". 

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