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Beyond Portugal Digital Acceleration de A a Z

Os conceitos chave que marcam a transformação digital e o novo mundo que se adivinha, em que é necessário desenvolver competências digitais, potenciar talentos, criar modelos de serviço ou produtos mais digitais, melhorar a vida das comunidades e compatibilizar gerações.

27 de Outubro de 2016 às 11:31
Kacper Pempel/Reuters
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Algoritmo- Os algoritmos estão presentes em diversos momentos do dia-a-dia do indivíduo, numa simples pesquisa no Google, quando utilizamos o Uber ou quando ouvimos música no Spotify. Através das plataformas sociais, estes tornam-se essenciais em diversas ferramentas/aplicações de modo a que um determinado serviço ou conteúdo seja prestado/entregue.

 

Apps – uma aplicação móvel, conhecida pela abreviatura app, que é um software desenvolvido para ser instalado num dispositivo electrónico móvel. Segundo o IDC (International Data Corporation), o número de instalações aumentaria de 156 bilhões em 2015 para 210 bilhões em 2020, taxa de crescimento anual de 6,3%. Em 2015, as receitas directas provenientes de instalações de apps foi de 34,2 mil milhões de dólares. Em 2020, prevê-se que seja de 57 mil milhões, uma taxa de crescimento anual 10,6%.

 

Beyond Portugal Digital Acceleration- pretende precisamente criar uma dinâmica de reflexão conjunta entre decisores de topo e personalidades absolutamente referenciais, combinando representantes de grandes empresas e de startups relevantes, sobre as tendências e os impactos da disrupção digital abarcando megatrends digitais (porque é importante perceber bem o fenómeno) mas também capacidades de resposta para o futuro digital.

 

Cibersegurança - com um aumento cada vez maior da informação digital, e na partilha dessa informação por todo o Mundo, as organizações tornaram-se alvos. Como resultado, as operações do dia-a-dia, os dados de cada empresa e propriedade intelectual estão em risco. Existe por dia, um milhão de ameaças de malware novas.

 

Cidades/Smart cities - as cidades inteligentes implicam investimento em capital humano e social, o uso de tecnologias como factor de crescimento económico sustentável, para proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dos cidadãos e permitir melhor gestão dos recursos naturais e energéticos.

 

Cliente - Para se atingir um relacionamento baseado na confiança, é necessário que a facilidade, a eficiência, a proactividade e a personalização estejam alinhados. A aproximação aos clientes, empresas e indivíduos, seja através de soluções omnicanal que simplifiquem a sua actividade e o seu dia-a-dia, optimizando o seu tempo disponível. A forte aposta no digital exige da organização uma maior preocupação pelo detalhe, eficiência dos processos e reinvenção das infra-estruturas.

 

Competitividade - Competitividade tem a ver com concorrência, nomeadamente entre empresas. É competitivo quem for capaz de fazer melhor do que os outros, mais barato, ou numa relação qualidade-preço que, no mínimo, não desmereça face às que são oferecidas pelos concorrentes.

 

Comunidades - É fundamental que exista comunicação entre as sociedades, que estão cada vez mais informadas, partilhando e consultando uma enorme quantidade de dados. As comunidades são compostas por pessoas, sendo importante para as organizações actuais, alinhar as comunidades "digitais" com as comunidades "reais". As comunidades devem desenvolver e criar metodologias de partilha entre si, através da experiencia, do conhecimento e da comunicação, tirando partido das vantagens e impulsionando o crescimento sustentável do digital. 

 

Crescimento – Cada vez mais as empresas e as entidades governamentais procuram, através da digitalização, atingir um crescimento sustentável e potenciar a maximização das suas receitas. É essencial que uma entidade incorpore práticas digitais e recursos nos planos de crescimento, reunindo uma combinação de investimentos em competências tecnológicas e aceleradoras de modo a tornarem-se mais competitivas, melhorando a qualidade das organizações e das pessoas.

 

Dados/Big data- Desde o início da humanidade até 2003 geraram-se dois exabytes de informação. Em 2011 fez-se o mesmo volume em dois dias e em 2020 tardará menos de dez minutos. Hoje assiste-se ao armazenamento massivo de informação por parte de empresas e não apenas por parte de governos, como acontecia há algumas décadas atrás.

 

Digital- O digital necessita de recursos qualificados, de investimentos de promoção elevados para que um produto digital seja competitivo e entre nos mercados globais. Assiste-se a uma digitalização mais virada para o consumo em que há um desenvolvimento de natureza tecnológico e de conectividade, permitindo um nível acelerado de digitalização, customização e flexibilidade na satisfação das necessidades de um consumidor, cada vez mais exigente. Exige-se criatividade, flexibilidade, capacidade de resposta rápida.

 

Dispositivo inteligente - é um tipo de equipamento, instrumento, ou máquina que tem a sua própria capacidade de computação. A lista de exemplos de intelligence devices é extensa e pode incluir desde smartphones, computadores, electrodomésticos, etc. 

 

Disrupção – é possível identificar três forças primárias por trás desta onda de disrupção: tecnologia, globalização e as alterações demográficas. É a partir da interacção destas forças, que se esta a definir o presente e a moldar o futuro nas empresas, economias, indústrias, sociedades e vidas individuais. Vive-se uma era de disrupção em que por exemplo, uma das maiores empresas telefónicas do mundo, WhatsApp, não tem infra-estruturas de telecomunicações, mas envia diariamente 35.000 milhões de mensagens.

 

Estilos de vida - os estilos de vida ou maneiras de viver são função de múltiplos factores, a começar pelo meio e pelas oportunidades que esse meio oferece. Na era digital, de acesso sem fronteiras à informação e de comunicação alargada, as maneiras de viver tornam-se ilimitadas, pela diversidade de experiências pessoais, comunitárias ou outras que se consigam alcançar e participar.

 

Internet das coisas (IoT) - ferramentas e aplicações analíticas, incluindo Big Data, as ferramentas e aplicações móveis, as plataformas que permitam a construção de capacidades digitais compartilháveis, como soluções de "cloud" e marketplaces de aplicativos, as ferramentas e aplicações de redes sociais são tecnologias associadas à Internet of Everything (IoE), que está a ter um efeito profundo na forma como as organizações e as indústrias se estão a transformar.

 

Literacia digital - Nesta sociedade em "rede" e que vive na "rede", a promoção da literacia digital torna-se uma missão vital. A literacia digital compreende várias dimensões e não se limita às competências para lidar com as TIC, capacidades dominadas pelos "nativos digitais". É preciso também desenvolver competências de produção de informação credível e de avaliação da sua qualidade, saber converter a informação numa mais-valia social que é o conhecimento.

 

Nativos digitais – Engloba as gerações millennials (que têm entre 19 e 35 años) e os centennials ou e geração Z (dos zero aos 18 anos) representam a 4.400 milhões de pessoas no mundo e em 2020 serão a maior força demográfica (59%). Em 2025, a força de trabalho terá uma maioria de nativos digitais, cerca de 75%. São os primeiros a crescer usando os media sociais, a tecnologia móvel (conversação, vídeo, apps).

 

Partilha – A internet e as redes sociais permitem uma partilha de informação e de conteúdos quase imediata, promovendo uma abertura ao conhecimento e à informação global que nos rodeia. O digital permite que tanto empresas como indivíduos utilizem estes meios como novas formas de divulgação de informação, produtos, serviços e actividades impulsionando a aproximação e os pontos de contacto nas relações entre pessoas e organizações.

 

Privacidade – a informação e os dados privados (as pessoas fazem, gostam…) constituem actualmente o recurso mais valioso da nossa sociedade, do qual dependem as maiores empresas do mundo actual como o Facebook, o Google, etc. Isto faz com que o direito do cidadão à sua privacidade e dos seus dados seja um dos temas prioritários na economia do algoritmo.

 

Propriedade intelectual – É necessário que as leis de protecção de propriedade Intelectual sejam reajustadas e adequadas à evolução tecnológica, criando práticas que assegurem a protecção desses direitos e titularidade de conteúdos. Deve existir um equilíbrio entre os modelos de protecção do autor, as necessidades do mundo digital e a liberdade de acesso à comunicação.

 

Quarta Revolução industrial- a sua principal característica é a conectividade promovida pelos sistemas ciber-físicos baseados na Internet das coisas no Big data, e numa sociedade totalmente interligada. A combinação e a expansão das tecnologias disruptivas como a Internet das coisas, Blockchain, Nanotech, Inteligência Artificial, veículos autónomos, robótica avançada, etc. Além disso, a tecnologia alimenta e combina, em simultâneo com outras mega-tendências, como o aumento do empreendedorismo e da globalização.

Redes - "see the connections, not just the dots" é um dos lemas da digitalização e da automatização.

 

Soft skills - hoje valorizam-se skills como a gestão de tempo, gestão de equipas, inteligência emocional, aspectos comportamentais, criatividade, inovação, capacidade de adaptação e flexibilidade, visão estratégica, capacidade de antecipar tendências.

 

Start-ups - empresa recém-criada, normalmente de base tecnológica, com espírito empreendedor e busca por um modelo de negócio inovador.

 

Talento- todas as pessoas têm talentos, o importante é detectar e potenciar o seu crescimento. Num mundo empresarial digital, as organizações também têm que saber encontrar e gerir os seus talentos. O talento é crítico em todos os sectores e áreas de actividade para fazer face à disrupção.

 

Velocidade – hoje assiste-se a uma velocidade de mudança como não há memória na história. Hoje são necessários 35 dias para uma nova tecnologia alcançar uma massa crítica de usuários de 50 milhões. Um outro exemplo: com a actual taxa de rotatividade, em 2027, 75% dos membros do índice da Bolsa de Nova Iorque, S&P500, serão novas empresas. 


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