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Máquinas (e não loiças) dominam as exportações das Caldas

Uma categoria de produtos é decisiva para as exportações das empresas das Caldas da Rainha. As máquinas e aparelhos representam mais de metade das vendas de bens ao exterior.

07 de Março de 2017 às 00:01

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O concelho pode ser conhecido pela sua produção de loiça, mas são as máquinas e outros aparelhos que dominam as vendas das Caldas da Rainha ao exterior. Mais de metade das exportações dizem respeito a essa categoria de produto, com uma empresa a destacar-se em relação a todas as outras.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, em 2015, as Caldas da Rainha registaram saídas de bens no valor de 101 milhões de euros. Desses, quase 56 milhões tiveram origem na rubrica máquinas, aparelhos e material eléctrico, o que representa mais de metade do total.

Um dos principais responsáveis por este peso elevado dessa categoria é a industrial Schaeffler. Os números da Informa D&B, que não são comparáveis com os dados do INE, concluem que o grupo alemão exportou quase 55 milhões de euros em 2015, o que significa que a quase totalidade das suas vendas tem como destino outros países. A diferença é grande face à segunda empresa com mais exportações nas Caldas da Rainha – a fabricante de velas Promol –, que vendeu 13 milhões de euros ao exterior.

Quando se faz uma divisão por grupos de produtos, verifica-se que em segundo lugar surgem os produtos das indústrias químicas (13 milhões de euros) e em terceiro metais comuns (oito milhões). As obras de cerâmicas – as tais que dão fama às Caldas – aparecem em sexto lugar, com uma exportação anual de 4,8 milhões.

Esta concentração das exportações não se reflecte da mesma forma no "ranking" das maiores empresas do município, que a grossista Sotrapex lidera, com 87 milhões de euros de vendas, mas a distribuição é menos desequilibrada (a diferença entre o primeiro e o segundo é de apenas 12 milhões).

Ainda assim, o tecido empresarial das Caldas da Rainha é relativamente concentrado, quando comparado com a média nacional. O volume de negócio das quatro maiores empresas do concelho representa mais de 24% do volume total, enquanto na totalidade do país está abaixo de 6%.
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