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Em 2024, Portugal ocupava a 12.ª posição no ranking do índice de desenvolvimento de viagens e turismo do Fórum Económico Mundial, num conjunto de 199 países.
. Turismo
O turismo é um dos principais motores de crescimento da economia portuguesa. Em 2023 foi o melhor de sempre para o setor do turismo, que arrecadou receitas de cerca de 25,1 mil milhões de euros e o peso do turismo tem aumentado, tendo atingido os 9,5%. Em 2024, Portugal ocupava a 12.ª posição no ranking do índice de desenvolvimento de viagens e turismo do Fórum Económico Mundial, num conjunto de 199 países.
Em 2023 o número de?turistas não residentes em Portugal?atingiu 26,5 milhões, correspondendo a um acréscimo de 19,2% face a 2022, e mais 7,7% do que em 2019, o último antes da pandemia de Covid-19, segundo os dados do INE. O mercado espanhol manteve-se como principal mercado emissor de turistas internacionais (quota de 25,2%), tendo crescido 16,7% face ao ano anterior.
A?generalidade dos meios de alojamento turístico?registou 32,5 milhões de hóspedes, em 2023, mais 12,5%, que proporcionaram 85,1 milhões de dormidas, mais 10,3%, respetivamente, valores que refletem crescimentos médios anuais de 2,4% e 2,3%, pela mesma ordem, desde 2019, evidenciando a retoma da atividade do setor depois da crise gerada pela pandemia de Covid-19. O mercado interno gerou 1/3 das dormidas em 2023, 28,1 milhões, mais 2,1% do que no ano anterior, e os mercados externos deram origem a 57,1 milhões de dormidas, refletindo um crescimento anual de 14,9%.?
2023 foi o melhor ano de sempre para o setor do turismo, com receitas de 25,1 mil milhões de euros.
As dormidas de não residentes representaram 67,0% das dormidas na generalidade dos meios de alojamento, tendo este sido o ano, desde 2013, em que se observou uma maior dependência dos mercados internacionais, apenas superado pelo ano de 2017, em que estes mercados totalizaram 67,8% do total. A taxa de sazonalidade diminuiu para 36,9% e atingiu o valor mais baixo desde 2013.
Os desafios do turismo
Nos estabelecimentos de alojamento turístico, os proveitos totais ascenderam a 6,0 mil milhões de euros (+20,0%) e os de aposento a 4,6 mil milhões (+21,4%). O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 64,8 euros (+15,4%) e o rendimento médio por quarto ocupado foi de 113,0 euros (+9,1%). O índice de Herfindahl-Hirschman (IHH) revela uma trajetória de redução da concentração dos proveitos totais (e, portanto, um aumento da concorrência), com pequenas oscilações no período da pandemia de Covid-19, tendo atingido em 2023 o valor mais baixo desde 2013.?
O aumento do turismo traz vantagens em termos de atividade, emprego e receitas de exportação, mas coloca também desafios. Um dos principais é o aumento de visitantes estrangeiros, que pode criar externalidades negativas, como a degradação do património natural e cultural ou das condições de vida dos habitantes locais.
Portugal apresenta níveis inferiores de um indicador de intensidade turística - o número de chegadas de turistas em percentagem da população - face a destinos concorrentes do sul da Europa. Contudo, os indicadores regionalmente sinalizam riscos de saturação em algumas zonas do país. Isto implica a necessidade de continuar a apostar numa melhor distribuição do turismo ao longo do ano e em termos regionais, para minimizar a congestão e o impacto da sazonalidade desta atividade no mercado de trabalho.
O futuro da Living Tours passa pela Europa
"Em Portugal, cidades como Aveiro, Braga e outras localidades fora das grandes cidades estão a experienciar um aumento do fluxo turístico", destaca Rui Terroso.
A Living Tours, ou LivingToursGroup.com, é um operador turístico recetivo para Portugal e Espanha, que colabora com operadores turísticos nos quatro continentes, oferecendo uma vasta gama de serviços no setor do turismo recetivo. Fundada em 2004 por Rui Terroso, que partilha o capital com Sofia Carvalho, a empresa teve um volume de negócios de 16 milhões de euros em 2023, com uma previsão de 21 milhões de euros para 2024. Portugal representa cerca de 65% do volume de negócios, a Espanha, 30%, e Marrocos, 5%.
A Living Tours conta com cerca de 200 colaboradores internos e aproximadamente 50 freelancers.
Segundo Rui Terroso, "as cidades com maior procura e onde realizamos a maioria dos serviços, tanto para clientes individuais como para grupos, são em Portugal (Porto, Lisboa, Algarve, Madeira e Açores) e em Espanha (Madrid, Barcelona, Sevilha, Canárias e Baleares)".
O principal desafio que enfrenta no setor do turismo é a regulamentação. Rui Terroso explica: "Com o crescimento constante do turismo, estão a ser implementadas novas regulamentações nas grandes cidades, especialmente nas que enfrentam maior pressão turística. Essas mudanças podem afetar a operação e a flexibilidade dos serviços oferecidos, exigindo constante adaptação e cumprimento das novas regras".
Sair das grandes cidades
Rui Terroso menciona, ainda, que "apesar de já se começar a sentir alguma pressão, devido ao crescente interesse por essas cidades, acreditamos que há muito potencial de crescimento, especialmente em Portugal. Espanha já é um mercado mais maduro, enquanto Portugal continua a ser um destino com grande potencial de expansão".
Na sua opinião, "assim como em outros destinos turísticos, como a Itália, onde a tendência é o turismo começar a sair das grandes cidades, já se verifica um crescente interesse por cidades secundárias e regiões menos conhecidas. Em Portugal, por exemplo, cidades como Aveiro, Braga e outras localidades estão a experienciar um aumento do fluxo turístico".
Em termos de oportunidades, Rui Terroso considera que "a qualidade dos nossos serviços, a operação própria no Porto e em Lisboa, e o reconhecimento pelos operadores internacionais têm gerado uma procura crescente para expansão para outras cidades na Europa".
. Turismo
O turismo é um dos principais motores de crescimento da economia portuguesa. Em 2023 foi o melhor de sempre para o setor do turismo, que arrecadou receitas de cerca de 25,1 mil milhões de euros e o peso do turismo tem aumentado, tendo atingido os 9,5%. Em 2024, Portugal ocupava a 12.ª posição no ranking do índice de desenvolvimento de viagens e turismo do Fórum Económico Mundial, num conjunto de 199 países.
Em 2023 o número de?turistas não residentes em Portugal?atingiu 26,5 milhões, correspondendo a um acréscimo de 19,2% face a 2022, e mais 7,7% do que em 2019, o último antes da pandemia de Covid-19, segundo os dados do INE. O mercado espanhol manteve-se como principal mercado emissor de turistas internacionais (quota de 25,2%), tendo crescido 16,7% face ao ano anterior.
A?generalidade dos meios de alojamento turístico?registou 32,5 milhões de hóspedes, em 2023, mais 12,5%, que proporcionaram 85,1 milhões de dormidas, mais 10,3%, respetivamente, valores que refletem crescimentos médios anuais de 2,4% e 2,3%, pela mesma ordem, desde 2019, evidenciando a retoma da atividade do setor depois da crise gerada pela pandemia de Covid-19. O mercado interno gerou 1/3 das dormidas em 2023, 28,1 milhões, mais 2,1% do que no ano anterior, e os mercados externos deram origem a 57,1 milhões de dormidas, refletindo um crescimento anual de 14,9%.?
2023 foi o melhor ano de sempre para o setor do turismo, com receitas de 25,1 mil milhões de euros.
As dormidas de não residentes representaram 67,0% das dormidas na generalidade dos meios de alojamento, tendo este sido o ano, desde 2013, em que se observou uma maior dependência dos mercados internacionais, apenas superado pelo ano de 2017, em que estes mercados totalizaram 67,8% do total. A taxa de sazonalidade diminuiu para 36,9% e atingiu o valor mais baixo desde 2013.
Os desafios do turismo
Nos estabelecimentos de alojamento turístico, os proveitos totais ascenderam a 6,0 mil milhões de euros (+20,0%) e os de aposento a 4,6 mil milhões (+21,4%). O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 64,8 euros (+15,4%) e o rendimento médio por quarto ocupado foi de 113,0 euros (+9,1%). O índice de Herfindahl-Hirschman (IHH) revela uma trajetória de redução da concentração dos proveitos totais (e, portanto, um aumento da concorrência), com pequenas oscilações no período da pandemia de Covid-19, tendo atingido em 2023 o valor mais baixo desde 2013.?
O aumento do turismo traz vantagens em termos de atividade, emprego e receitas de exportação, mas coloca também desafios. Um dos principais é o aumento de visitantes estrangeiros, que pode criar externalidades negativas, como a degradação do património natural e cultural ou das condições de vida dos habitantes locais.
Portugal apresenta níveis inferiores de um indicador de intensidade turística - o número de chegadas de turistas em percentagem da população - face a destinos concorrentes do sul da Europa. Contudo, os indicadores regionalmente sinalizam riscos de saturação em algumas zonas do país. Isto implica a necessidade de continuar a apostar numa melhor distribuição do turismo ao longo do ano e em termos regionais, para minimizar a congestão e o impacto da sazonalidade desta atividade no mercado de trabalho.
O futuro da Living Tours passa pela Europa
"Em Portugal, cidades como Aveiro, Braga e outras localidades fora das grandes cidades estão a experienciar um aumento do fluxo turístico", destaca Rui Terroso.
Rui Terroso, CEO da LivinTours
A Living Tours, ou LivingToursGroup.com, é um operador turístico recetivo para Portugal e Espanha, que colabora com operadores turísticos nos quatro continentes, oferecendo uma vasta gama de serviços no setor do turismo recetivo. Fundada em 2004 por Rui Terroso, que partilha o capital com Sofia Carvalho, a empresa teve um volume de negócios de 16 milhões de euros em 2023, com uma previsão de 21 milhões de euros para 2024. Portugal representa cerca de 65% do volume de negócios, a Espanha, 30%, e Marrocos, 5%.
A Living Tours conta com cerca de 200 colaboradores internos e aproximadamente 50 freelancers.
Segundo Rui Terroso, "as cidades com maior procura e onde realizamos a maioria dos serviços, tanto para clientes individuais como para grupos, são em Portugal (Porto, Lisboa, Algarve, Madeira e Açores) e em Espanha (Madrid, Barcelona, Sevilha, Canárias e Baleares)".
O principal desafio que enfrenta no setor do turismo é a regulamentação. Rui Terroso explica: "Com o crescimento constante do turismo, estão a ser implementadas novas regulamentações nas grandes cidades, especialmente nas que enfrentam maior pressão turística. Essas mudanças podem afetar a operação e a flexibilidade dos serviços oferecidos, exigindo constante adaptação e cumprimento das novas regras".
Sair das grandes cidades
Rui Terroso menciona, ainda, que "apesar de já se começar a sentir alguma pressão, devido ao crescente interesse por essas cidades, acreditamos que há muito potencial de crescimento, especialmente em Portugal. Espanha já é um mercado mais maduro, enquanto Portugal continua a ser um destino com grande potencial de expansão".
Na sua opinião, "assim como em outros destinos turísticos, como a Itália, onde a tendência é o turismo começar a sair das grandes cidades, já se verifica um crescente interesse por cidades secundárias e regiões menos conhecidas. Em Portugal, por exemplo, cidades como Aveiro, Braga e outras localidades estão a experienciar um aumento do fluxo turístico".
Em termos de oportunidades, Rui Terroso considera que "a qualidade dos nossos serviços, a operação própria no Porto e em Lisboa, e o reconhecimento pelos operadores internacionais têm gerado uma procura crescente para expansão para outras cidades na Europa".