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Negócios Iniciativas | Os mercados fora da Europa e a inteligência artificial

Com o abrandamento da economia europeia, as alternativas podem ser os mercados extra-comunitários e a IA pode melhorar a competitividade no mercado internacional.

20 de Dezembro de 2024 às 16:30
Fábio Poço
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Em dez anos foi "feita obra" em Portugal em termos de "spread de dívida pública que depois se reflete em toda a atividade económica", além de um "acréscimo da produtividade e reforço da competitividade, mas não significa que não haja ainda trabalho a fazer", disse Joaquim Cavaco, do Millennium BCP. Portugal está 36.º lugar no ranking de competitividade mundial no universo de 67 países. "Estamos bem na educação e infraestruturas tecnológicas, melhorou na eficiência e na produtividade, onde há trabalho ainda a fazer, tal como na área da política fiscal, para ter um quadro mais competitivo, e temos conseguido também manter uma dinâmica positiva exterior nas exportações e no investimento direto estrangeiro na economia portuguesa".

"Temos uma conjuntura internacional em mudança. Há quatro características da economia portuguesa que nos parecem relevantes", referiu Joaquim Cavaco. Salientou a energia, em que "Portugal apresenta uma posição favorável e é um fator de produção muito importante para a competitividade das empresas", a segurança institucional que oferece aos investidores internacionais, as competências dos recursos humanos portugueses, que têm permitido a atração de centros de competência internacionais, e as medidas políticas económicas que promovem o investimento direto estrangeiro. Joaquim Cavaco ressaltou ainda a importância da inovação e digitalização e da sustentabilidade que, são essenciais "para a competitividade e o posicionamento das empresas no contexto e no comércio internacional".

A inteligência artificial

Na sua análise à dinâmica das exportações portuguesas advertiu que a Alemanha e a França, com economias estagnadas e incertezas políticas, e a Itália a recuperar de uma situação de endividamento excessivo, economias, "representam uma parte importante daquilo que é a dinâmica da exportação das empresas portuguesas". Por isso, na sua opinião, "os mercados fora da Europa têm uma importância muito significativa tanto na diversificação como movimento de crescimento das exportações. Mas as exportações são um exercício complexo, que está sujeito a muitas incógnitas".

"Cerca de 8% das empresas europeias utilizam Inteligência Artificial. Pode-se dizer que ainda é um rácio pequeno, mas é um rácio que se antecipa que cresça de uma forma significativa", revelou Joaquim Cavaco. A União Europeia vai investir mais de 20 mil milhões de euros para iniciativas para apoiar a investigação e o desenvolvimento da Inteligência Artificial até 2027, e, "uma parte destes fundos também serão alocáveis a Portugal e passíveis de utilizar pelas empresas portuguesas, para otimizar e reforçar a sua competitividade em mercado internacional", disse Joaquim Cavaco.

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