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Negócios Iniciativas | As exportações e a transformação estrutural da economia

Miguel Maya salientou que as exportações portuguesas continuam a evidenciar e um bom desempenho com máximos históricos em termos reais, afirmando-se como um dos motores centrais do crescimento e desenvolvimento económico e social de Portugal.

20 de Dezembro de 2024 às 15:00
Fábio Poço
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Miguel Maya, presidente da comissão executiva do Millennium BCP

"Os empresários e os gestores são a pedra angular da transformação económica que vivemos em Portugal. Está demonstrado, embora nem sempre tal seja reconhecido nas políticas económicas e fiscais, que o desenvolvimento económico é a chave do desenvolvimento social, da inclusão e também da atração e da retenção do talento humano", afirmou Miguel Maya, presidente da comissão executiva do Millennium BCP, abertura do Millennium Portugal Exportador, um evento organizado pela Fundação AIP em parceria com o Millennium BCP e com o apoio da AICEP Portugal Global, que contou ainda com o Negócios como media partner.

Na sua opinião, este evento pretende a dinamização da internacionalização das empresas portuguesas, porque "as empresas exportadoras, por estarem inseridas em mercados mais amplos e sujeitas a uma competição mais intensa, são genericamente as que mais inovam, as que incorporam mais investigação nos seus produtos e serviços, e são as empresas que investem de uma forma estruturada no desenvolvimento dos recursos humanos".

Miguel Maya salientou que as exportações portuguesas continuam a evidenciar e um bom desempenho com máximos históricos em termos reais, afirmando-se como um dos motores centrais do crescimento e desenvolvimento económico e social de Portugal. Referiu-se ao progresso das exportações de bens e serviços e ao seu peso no PIB, que aumento aumentou 17 pontos percentuais desde 2010, passou de 30% para mais de 47% nos primeiros 9 meses de 2024. "Esta relevância acrescida no mercado externo e na economia, é fruto do intenso trabalho o qual ao longo deste período permitiu transformar estruturalmente o tecido empresarial", referiu Miguel Maya.

Desafios complexos

Esta evolução teve por base a intensificação da atividade em mercados com os quais já trabalhavam, na conquista e diversificação para novos mercados, "investindo na excelência da oferta e na otimização de processos de produção e de negócio, afirmando-se com sucesso por via da qualidade e da competitividade dos produtos e serviços que comercializam", afirmou Miguel Maya.

O presidente executivo do Millennium BCP assinalou que, apesar da complexidade da envolvente geopolítica, "das desafiantes condições macroeconómicas", quer ao nível mundial, quer ao nível europeu, que estão patentes na estagnação da atividade económica na zona Euro, a economia portuguesa continuou a revelar-se resiliente ao longo de 2024. "Os indicadores de atividade económica evidenciam sinais positivos, as últimas previsões da Comissão Europeia apontam para um crescimento do PIB em Portugal de 1,7% em 2024, acima dos 0,9% previstos para a União Europeia, e os dados do INE, relativos a setembro, revelam uma taxa de desemprego em Portugal de 6,4%", concluiu Miguel Maya.

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