- Partilhar artigo
- ...
Em 2023, a produção de moldes em Portugal alcançou aproximadamente 947 milhões de euros, dos quais 80% correspondem a exportações para 86 países.
. Plástico e Moldes
Segundo os dados mais recentes da Associação Nacional da Indústria de Moldes (CEFAMOL), o setor é constituído por cerca de 472 empresas e emprega aproximadamente 9.972 trabalhadores, concentrando-se sobretudo nas regiões da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis. Em 2023, a produção de moldes em Portugal alcançou aproximadamente 947 milhões de euros, dos quais 80% correspondem a exportações para 86 países. A União Europeia absorveu 83% dessas exportações, enquanto a América do Norte foi responsável por 7%.
Os mercados tradicionais continuam a desempenhar um papel importante para o setor de moldes em Portugal. Espanha, Alemanha e França mantêm-se como os principais destinos das exportações nacionais, representando, respetivamente, 21%, 16% e 15% das vendas em 2023. "Na Europa, países da sua região central, como a Polónia, a Chéquia e a Roménia, também têm assumido um papel relevante. Quanto aos mercados fora da Europa, destacam-se os Estados Unidos e o México, mas será necessário aguardar para perceber se surgirão novos desafios em virtude da política que possa ser seguida pela nova administração norte-americana", assinalou Paulo Ferreira Pinto, presidente da CEFAMOL.
Produtor europeu
A indústria de moldes em Portugal caracteriza-se por um elevado grau de especialização e conhecimento técnico, com um forte foco na inovação tecnológica e na qualidade dos seus produtos e serviços. Este setor permitiu a Portugal consolidar-se como o terceiro maior produtor europeu e o oitavo mundial.
Este setor é composto maioritariamente por PME, que se destacam pela sua capacidade tecnológica, know-how, integração em cadeias de valor globais e rápida adaptação às exigências do mercado. As empresas portuguesas de moldes possuem experiência em diversos segmentos, com destaque para o setor automóvel (seu maior cliente), mas também em outras áreas industriais, como a embalagem, a eletrónica ou os dispositivos médicos, apenas para referir alguns.
A produção de moldes para injeção de plásticos é a sua área mais representativa, destacando-se pela precisão e complexidade exigidas pelas indústrias e clientes a que se destinam.
Evolução da indústria automóvel é crucial para os moldes
Uma vantagem competitiva do setor é a colaboração estreita entre empresas, centros tecnológicos e universidades, o que facilita o desenvolvimento de novas soluções.
Paulo Ferreira Pinto, Presidente da CEFAMOL - Associação Nacional da Indústria de Moldes.
A evolução da indústria automóvel, as políticas protecionistas atualmente em discussão e o contexto geopolítico internacional deixam muitas incógnitas sobre o futuro do mercado e de uma indústria perfeitamente integrada em cadeias de valor globais, sublinha Paulo Ferreira Pinto, presidente da CEFAMOL.
Quais são as principais vantagens competitivas do setor?
As principais vantagens competitivas residem na excelência técnica e na capacidade de engenharia e inovação das empresas, e com uma experiência acumulada de décadas. As empresas portuguesas destacam-se pela sua flexibilidade em adaptar os seus processos e produtos às necessidades específicas dos clientes, criando soluções diferenciadoras, capazes de responder rapidamente ao mercado com qualidade confirmada e produtos customizados.
Outra vantagem é a oferta de soluções integradas que podem ir do design ao produto final, passando pela engenharia e desenvolvimento de produto, a construção de moldes e dispositivos de controlo, o que permite competir em mercados exigentes, como o automóvel, dispositivos médicos ou a eletrónica de consumo.
Quais são os principais desafios para o setor?
O mercado internacional e a sua evolução, influenciados por questões geopolíticas e geoestratégicas, são, sem dúvida, grandes desafios para a nossa indústria. Por outro lado, a incerteza em relação ao futuro da indústria automóvel, que representa mais de 70% da produção do setor, é um fator crucial para o seu bom desempenho.
Em paralelo, as condições de negócio, assentes em baixos preços de venda e longos prazos de pagamento, criam desafios ao nível do financiamento, tesouraria e capitalização das empresas, ao mesmo tempo que aumentam os custos de produção. A concorrência internacional, especialmente oriunda da Ásia, representa outro desafio significativo.
A diferenciação pela qualidade, inovação e serviços personalizados continua a ser um ponto forte para as empresas portuguesas. No entanto, é essencial apostar na diversificação de mercados, na integração de novas cadeias de valor, nos ganhos de escala e na definição de novos modelos de negócio. Por fim, não podemos esquecer os desafios relacionados com a atração e manutenção de talento nas empresas.
. Plástico e Moldes
Segundo os dados mais recentes da Associação Nacional da Indústria de Moldes (CEFAMOL), o setor é constituído por cerca de 472 empresas e emprega aproximadamente 9.972 trabalhadores, concentrando-se sobretudo nas regiões da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis. Em 2023, a produção de moldes em Portugal alcançou aproximadamente 947 milhões de euros, dos quais 80% correspondem a exportações para 86 países. A União Europeia absorveu 83% dessas exportações, enquanto a América do Norte foi responsável por 7%.
Os mercados tradicionais continuam a desempenhar um papel importante para o setor de moldes em Portugal. Espanha, Alemanha e França mantêm-se como os principais destinos das exportações nacionais, representando, respetivamente, 21%, 16% e 15% das vendas em 2023. "Na Europa, países da sua região central, como a Polónia, a Chéquia e a Roménia, também têm assumido um papel relevante. Quanto aos mercados fora da Europa, destacam-se os Estados Unidos e o México, mas será necessário aguardar para perceber se surgirão novos desafios em virtude da política que possa ser seguida pela nova administração norte-americana", assinalou Paulo Ferreira Pinto, presidente da CEFAMOL.
Produtor europeu
A indústria de moldes em Portugal caracteriza-se por um elevado grau de especialização e conhecimento técnico, com um forte foco na inovação tecnológica e na qualidade dos seus produtos e serviços. Este setor permitiu a Portugal consolidar-se como o terceiro maior produtor europeu e o oitavo mundial.
Este setor é composto maioritariamente por PME, que se destacam pela sua capacidade tecnológica, know-how, integração em cadeias de valor globais e rápida adaptação às exigências do mercado. As empresas portuguesas de moldes possuem experiência em diversos segmentos, com destaque para o setor automóvel (seu maior cliente), mas também em outras áreas industriais, como a embalagem, a eletrónica ou os dispositivos médicos, apenas para referir alguns.
A produção de moldes para injeção de plásticos é a sua área mais representativa, destacando-se pela precisão e complexidade exigidas pelas indústrias e clientes a que se destinam.
Evolução da indústria automóvel é crucial para os moldes
Uma vantagem competitiva do setor é a colaboração estreita entre empresas, centros tecnológicos e universidades, o que facilita o desenvolvimento de novas soluções.
Paulo Ferreira Pinto, Presidente da CEFAMOL - Associação Nacional da Indústria de Moldes.
A evolução da indústria automóvel, as políticas protecionistas atualmente em discussão e o contexto geopolítico internacional deixam muitas incógnitas sobre o futuro do mercado e de uma indústria perfeitamente integrada em cadeias de valor globais, sublinha Paulo Ferreira Pinto, presidente da CEFAMOL.
Quais são as principais vantagens competitivas do setor?
As principais vantagens competitivas residem na excelência técnica e na capacidade de engenharia e inovação das empresas, e com uma experiência acumulada de décadas. As empresas portuguesas destacam-se pela sua flexibilidade em adaptar os seus processos e produtos às necessidades específicas dos clientes, criando soluções diferenciadoras, capazes de responder rapidamente ao mercado com qualidade confirmada e produtos customizados.
Outra vantagem é a oferta de soluções integradas que podem ir do design ao produto final, passando pela engenharia e desenvolvimento de produto, a construção de moldes e dispositivos de controlo, o que permite competir em mercados exigentes, como o automóvel, dispositivos médicos ou a eletrónica de consumo.
Quais são os principais desafios para o setor?
O mercado internacional e a sua evolução, influenciados por questões geopolíticas e geoestratégicas, são, sem dúvida, grandes desafios para a nossa indústria. Por outro lado, a incerteza em relação ao futuro da indústria automóvel, que representa mais de 70% da produção do setor, é um fator crucial para o seu bom desempenho.
Em paralelo, as condições de negócio, assentes em baixos preços de venda e longos prazos de pagamento, criam desafios ao nível do financiamento, tesouraria e capitalização das empresas, ao mesmo tempo que aumentam os custos de produção. A concorrência internacional, especialmente oriunda da Ásia, representa outro desafio significativo.
A diferenciação pela qualidade, inovação e serviços personalizados continua a ser um ponto forte para as empresas portuguesas. No entanto, é essencial apostar na diversificação de mercados, na integração de novas cadeias de valor, nos ganhos de escala e na definição de novos modelos de negócio. Por fim, não podemos esquecer os desafios relacionados com a atração e manutenção de talento nas empresas.