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Pedro Reis salientou que a tendência das empresas é começarem a centrar-se mais em projetos e clientes do que em mercados.
"Em muitas economias, o consumo mantém-se, as taxas de desemprego estão estruturalmente baixas e são fontes de aumento das exportações. Temos bolsas de crescimento regional e setorial, embora assimétricas. Há setores, os motores das exportações, como a defesa, a indústria farmacêutica, a mobilidade, e a energia - que impulsionam e viabilizam grande parte da reindustrialização -, bem como a saúde e a logística. Este é o panorama global", afirmou Pedro Reis, ministro da Economia, no Millennium Portugal Exportador, um evento organizado pela Fundação AIP em parceria com o Millennium BCP e com o apoio da AICEP Portugal Global, que contou ainda com o Negócios como media partner.
Quanto a oportunidades para as empresas portuguesas destacou a reorientação das cadeias de fornecedores, que podem ser oportunidades para as PME exportadoras, porque se privilegia uma estratégia de diferenciação pelas pequenas séries, pela customização, "pela qualidade, pela inovação, pela aposta na marca". Salientou o foco na diversificação de mercados e, sobretudo, "a tendência das empresas é começarem a centrar-se mais em projetos e clientes do que em mercados", referiu a força do e-commerce e a necessidade de as empresas, nomeadamente as PME, assumirem, na sua estratégia de internacionalização, a conveniência e a segurança.
Nesse sentido, salientou que o ministério da Economia vai intensificar as missões e as visitas oficiais de diplomacia económica. No primeiro semestre de 2025, entre visitas de Estado, participação em feiras, roadshows seminários, estão previstas missões à Bélgica, Dinamarca, Emirados Árabes, Estados Unidos, Filipinas, Eslovénia e, ainda, iniciativas para os mercados da Coreia do Sul, Japão, Reino Unido, Suíça, Dinamarca e Angola. Salientou ainda que através do IAPMEI serão reforçadas as redes de fornecedores inovadores, para promoção de uma lógica de consórcios de PME, em que o reforço dos incentivos em I&D e inovação produtiva, cria mini-agendas PRR mais digeríveis, mais manobráveis, mais executáveis", salientou Pedro Reis. Anunciou ainda que a rede externa da AICEP será reforçada "com a abertura de novos escritórios e com mais elementos em alguns mercados onde estamos, embora com uma estrutura ainda demasiado limitada, o que não permite abordar a estratégia com o mínimo de profundidade".