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Luís Correia: "Discussão pública pode fazer a diferença no nosso território"

Luís Correia, 51 anos, é desde Agosto de 2016, presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa. Licenciado em Gestão pelo ISCTE é presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco depois de ter sido vereador entre Dezembro de 1997 e Outubro de 2013.

25 de Maio de 2017 às 11:48
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Luís Correia diz que a discussão colectiva pode ser muito importante na definição de melhores estratégias que podem fazer a diferença.

Como está a preparar o de-senvolvimento futuro do concelho?
A nossa estratégia de desenvolvimento do concelho assenta numa análise profunda das nossas potencialidades e trabalhamos numa lógica de diversidade e complementaridade sectorial. O concelho de Castelo Branco desenvolveu - e prosseguirá - uma estratégia integrada de desenvolvimento assente em três eixos fundamentais - Educação e Cultura; Qualidade de Vida, Inovação e Emprego - que lhe tem permitido assumir-se como um território dinâmico e muito competitivo. De acordo com este modelo, o eixo relacionado com a Inovação e Emprego tem sido um dos principais focos de intervenção, com um conjunto diversificados de sectores de actividade (Agro-Alimentar, Frio, TICE, Metalurgia e Mecatrónica, Turismo, Outsourcing em Nearshore), beneficiados pelo envolvimento do sistema científico e tecnológico local e regional, tem permitido criar um conjunto âncora de empresas mais inovadoras e mais internacionais. É neste contexto que o empreendedorismo tem surgido e aumentado, nomeadamente com a criação de diferentes estruturas físicas e de apoio, que permitem aos diferentes empresários apostar em Castelo Branco.

Paralelamente, plataformas associativas, comerciais e logísticas como o InovCluster, o Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar, a Central Meleira e a Incubadora de Empresas de Base Rural, exemplos da aposta recente no cluster agro-alimentar, uma das grandes apostas dos municípios enquanto motor de desenvolvimento.

Obviamente, a base para estes investimentos assenta numa nova geração de agricultores e produtores do sector agro-alimentar, que rejuvenescem as práticas laborais e económicas, mas sobretudo refrescam e impulsionam as nossas comunidades rurais.

Qual é a importância e o que espera do Congresso Empresarial da Beira Baixa?
Parece-me relevante e potencialmente útil a organização do Congresso Empresarial da Beira Baixa. Apesar de tudo ainda não é uma prática regular, mas a verdade é que estes foros, a troca de experiências, a discussão colectiva sobre as nossas limitações e os nossos recursos podem ser muito importantes na definição das melhores estratégias e na aplicação de economias de escala que podem fazer a diferença no nosso território. Trata-se, portanto, de uma iniciativa que saúdo e relativamente à qual tenho uma expectativa realista, mas muito positiva.