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Armindo Jacinto: "Sempre disponível para concertar estratégias"

Armindo Jacinto, 53 anos, tornou-se presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, em Junho de 2013, depois de ter sido vereador e vice-presidente, desde Janeiro de 2002. Foi vice-presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, desde 2008 até 2013.

25 de Maio de 2017 às 11:27
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Armindo Jacinto salienta que Idanha-a-Nova é um território UNESCO, cruzando patrimónios material e imaterial, e que essa é uma oportunidade para a promoção de estratégias de diferenciação.

Como está a preparar o desenvolvimento futuro do concelho?
A dimensão patrimonial de Idanha-a-Nova tem actualmente uma relevância global. Idanha-a-Nova faz parte da Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na área da Música (é a única comunidade rural a pertencer a esta rede internacional), integra a Reserva Mundial da Biosfera do Tejo Internacional e integra o Geopark Naturtejo, geoparque mundial da UNESCO. Hoje, essas três atribuições conferem a Idanha-a-Nova um estatuto particular: ser um território UNESCO, cruzando patrimónios material e imaterial. É uma oportunidade para promoção de estratégias de diferenciação e para o desenvolvimento sustentável do concelho. Os desafios são imensos e diversificados mas a estratégia passa sempre por privilegiar o investimento na coesão social e na promoção de condições para a criação de riqueza e emprego. Sabemos da importância de uma educação de qualidade na fixação de população e, por isso, o município de Idanha-a-Nova disponibiliza diversos apoios às famílias.

Importa dizer que toda a estratégia que definimos para Idanha-a-Nova, desde o sector agro-alimentar, ao turismo e às indústrias criativas, desde os apoios sociais aos cuidados de saúde de proximidade, remete para o programa estratégico Recomeçar, um projecto a médio prazo (2015-2025), para revitalizar Idanha-a-Nova e posicionar este município como um território onde é possível conciliar o bem-estar e a proximidade da natureza com o empreendedorismo, a inovação e o profissionalismo.

"Temos o desafio de ser o primeiro Bio Concelho de Portugal. É um conceito que vai além da produção biológica, da economia verde e do turismo sustentável, que já promovemos."

Seja qual for a área de interesse, os projectos que nos são apresentados são acompanhados de forma personalizada. São seguidos durante o tempo que for necessário, até que haja sucesso. Em áreas tão variadas e promissoras como o empreendedorismo verde, a saúde e bem-estar, o turismo e a agro-pecuária, serviços ligados à consultadoria ou à educação e cultura, o Recomeçar promove, com base numa lógica de parceria, o talento da população local com a expansão de empresas que já se encontram instaladas no território e apoia a construção de novos projectos trazidos para o concelho.

Factual é que os números do INE revelam que o concelho de Idanha-a-Nova está a conseguir inverter o processo de despovoamento que acontece desde os anos 50. Apontam para o aumento do número de alunos em Idanha em 2016 (aumento de 3% nas escolas e de 11% no ensino superior em 2016) e para o crescimento exponencial do número de empresas (32 novas empresas em 2016) e do valor das exportações (de 11 mil em 2015 para 332 mil em 2016).

Em articulação com os produtores locais, temos investido nesse modo de produção que aponta para uma agricultura em harmonia com o ambiente. Temos o desafio de ser o primeiro Bio Concelho de Portugal. É um conceito que vai além da produção biológica, da economia verde e do turismo sustentável, conceitos que já promovemos.

Qual é a importância e o que espera do Congresso Empresarial da Beira Baixa?
O Congresso Empresarial da Beira Baixa será um momento propício ao diálogo e convergência entre instituições públicas e privadas, poder político, a academia e o meio empresarial. Importa congregar esforços e vontades, reforçar o trabalho em rede, desvendar novos caminhos para o desenvolvimento sustentado desta região. O município de Idanha-a-Nova estará representado no evento e, como é seu apanágio, está sempre disponível para concertar estratégias. Temos todo o interesse em participar de forma activa na construção de uma Beira Baixa e de um país cada vez mais unidos e enriquecidos pela diversidade e potencialidades do território.