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António Dias Rocha: "Aposta no turismo, a indústria do século XXI"

António Dias Rocha, médico e presidente da Câmara Municipal de Belmonte desde 2013, tem uma carreira longa como autarca. Liderou a Câmara de Belmonte entre 1994 e 2000, tendo depois cargos de gestão nas Águas do Zêzere e Côa, Fundão Turismo.

25 de Maio de 2017 às 11:18
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António Dias Rocha diz que o concelho tem feito uma aposta bem-sucedida no turismo, que classifica como a indústria do século XXI.

Como está a preparar o desenvolvimento do concelho?
O desenvolvimento de uma terra é um plano alargado e pluridisciplinar que tem de mexer com todos os sectores, com a parte social, cultural, económica… é por isso uma resposta complexa. Se me pergunta pela vertente empresarial, poderei dizer que estamos muito apostados na indústria do século XXI - o turismo. Temos feito um esforço, bem-sucedido, de aumentar a promoção e o número de visitantes a Belmonte. Isso tem permitido um incremento de pequenas empresas no campo dos serviços e da restauração e a abertura de um novo hotel - e há mais projectos em análise nos serviços técnicos da autarquia. Mas é preciso ir mais além. Estamos a disponibilizar apoio para a instalação de novas empresas. Ainda recentemente inaugurámos as instalações de uma fábrica de calçado, mas outras estão a caminho. Mas esta estratégia não pode ser um vaso quebrado que mete água por um lado e perde por outro. Assim, estamos atentos às necessidades dos empresários locais, para que tenham estabilidade nos seus negócios e que sintam confiança política e de contexto económico para novos investimentos, para o seu crescimento em termos de lucros e de empregabilidade para as famílias locais.

"As empresas e os concelhos não podem viver em função dos seus projectos próprios."

Qual a importância e o que espera do Congresso Empresarial da Beira Baixa?
Que as entidades económicas e políticas possam conversar com seriedade e planear estratégias de futuro sustentáveis no tempo. A região precisa de planeamento a curto e a médio prazo, que nos levem a resultados práticos que nos permitam vencer o isolamento do interior português, e nos permitam agarrar parcerias com Espanha. As empresas e os concelhos não podem viver em função dos seus projectos próprios. Isso esgotou-se. É preciso estratégias partilhadas, que nos permitam juntar os pontos fortes de cada um, para conseguir oportunidades colectivas. Que o congresso saiba fazer essa ponte de diálogo entre todos.