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"Temos agora a necessidade de evoluir para as 'smart cities' porque chegámos à conclusão que andámos a fazer cidades estúpidas, que foram construídas contra as pessoas". O tiro de partida para a mesa-redonda sobre as "Smart cities nacionais" foi dado desta forma pelo autarca de Cascais, Carlos Carreiras.
Como corrigir os erros feitos no planeamento e construção nos últimos 40 anos nas cidades portuguesas? Um dos desafios principais com que uma autarquia como Cascais enfrenta é a mobilidade diária dos seus cidadãos, com milhares de pessoas em movimento pendular entre a local onde residem e o local onde trabalham, como Lisboa.
"Resolvemos juntar numa só plataforma, a Mobi Cascais, o estacionamento, o transporte público [passes mensais da CP e Scott Urb] e as bicicletas", disse, por seu turno, o presidente do conselho de administração da Cascais Próxima, Rui Rei.
Foi com o objectivo de promover a utilização do transporte público que a vila de Cascais introduziu o sistema de gestão de mobilidade Mobi Cascais. Com este programa, a autarquia criou 1.280 lugares de estacionamento automóvel gratuito junto às estações de comboio, prevê finalizar a construção de 70 quilómetros de ciclovia este ano e disponibilizar 1.200 bicicletas em regime de partilha, conhecidas como Bicas.
De outros pontos do país também chegam exemplos de boas práticas no desenho e aplicação de soluções para melhorar o dia-a-dia dos cidadãos. "No Porto temos percebido que temos de trabalhar de forma muito mais integrada, muito mais transversal", afirmou o vereador da autarquia do Porto, Filipe Araújo.
Deu assim o exemplo do centro de gestão integrada da cidade invicta. "Aqui é onde conseguimos ter na mesma sala todas as nossas operações de cidade, a resolver problemas do dia-a-dia. No Porto demorava três horas para a polícia falar com os bombeiros para irem abrir a porta quando alguém se esquecia da chave dentro de casa, quando não havia coordenação. Tudo mudou e agora demora meia hora", contou o vereador portuense.
Já o autarca de Viseu defendeu que mais fundos europeus devem ser canalizados para as cidades inteligentes. "Os PEDU [Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano] já privilegiam um pouco a vertente da mobilidade e da inclusão social, mas deixam outros factores de fora, não permitem a abordagem global da estratégia das cidades", apontou António Almeida Henriques.
"É nessa medida que eu faço essa crítica em sede de Portugal 2020. No fundo é refocalizar, pois existe dinheiro disponível para investir nestes territórios com indicadores mais pobres", explicou o também responsável pelas "smart cities" na Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
Olhando para Viseu, Almeida Henriques deu conta dos progressos que têm vindo a ser feitos na mobilidade colectiva, com a introdução de autocarros eléctricos e a adaptação das carreiras às reais necessidades dos cidadãos. "A tecnologia só é útil se nos ajudar a resolver os problemas das pessoas e ajudar as autarquias a reduzir custos", rematou.
Como corrigir os erros feitos no planeamento e construção nos últimos 40 anos nas cidades portuguesas? Um dos desafios principais com que uma autarquia como Cascais enfrenta é a mobilidade diária dos seus cidadãos, com milhares de pessoas em movimento pendular entre a local onde residem e o local onde trabalham, como Lisboa.
Temos a necessidade de evoluir para as "smart cities", porque andámos a fazer cidades estúpidas, construídas contra as pessoas. Carlos Carreiras
Autarca de Cascais
Autarca de Cascais
"Resolvemos juntar numa só plataforma, a Mobi Cascais, o estacionamento, o transporte público [passes mensais da CP e Scott Urb] e as bicicletas", disse, por seu turno, o presidente do conselho de administração da Cascais Próxima, Rui Rei.
Foi com o objectivo de promover a utilização do transporte público que a vila de Cascais introduziu o sistema de gestão de mobilidade Mobi Cascais. Com este programa, a autarquia criou 1.280 lugares de estacionamento automóvel gratuito junto às estações de comboio, prevê finalizar a construção de 70 quilómetros de ciclovia este ano e disponibilizar 1.200 bicicletas em regime de partilha, conhecidas como Bicas.
Resolvemos juntar na plataforma Mobi Cascais, o transporte público, as bicicletas e o estacionamento. Rui Rei
Cascais Próxima
Cascais Próxima
De outros pontos do país também chegam exemplos de boas práticas no desenho e aplicação de soluções para melhorar o dia-a-dia dos cidadãos. "No Porto temos percebido que temos de trabalhar de forma muito mais integrada, muito mais transversal", afirmou o vereador da autarquia do Porto, Filipe Araújo.
Deu assim o exemplo do centro de gestão integrada da cidade invicta. "Aqui é onde conseguimos ter na mesma sala todas as nossas operações de cidade, a resolver problemas do dia-a-dia. No Porto demorava três horas para a polícia falar com os bombeiros para irem abrir a porta quando alguém se esquecia da chave dentro de casa, quando não havia coordenação. Tudo mudou e agora demora meia hora", contou o vereador portuense.
A tecnologia só é útil se nos ajudar a resolver os problemas das pessoas e ajudar as autarquias a reduzir custos.
É nessa medida que eu faço essa crítica em sede de Portugal 2020. No fundo é refocalizar, pois existe dinheiro disponível para investir. António Almeida Henriques
Autarca de Viseu
É nessa medida que eu faço essa crítica em sede de Portugal 2020. No fundo é refocalizar, pois existe dinheiro disponível para investir. António Almeida Henriques
Autarca de Viseu
Já o autarca de Viseu defendeu que mais fundos europeus devem ser canalizados para as cidades inteligentes. "Os PEDU [Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano] já privilegiam um pouco a vertente da mobilidade e da inclusão social, mas deixam outros factores de fora, não permitem a abordagem global da estratégia das cidades", apontou António Almeida Henriques.
"É nessa medida que eu faço essa crítica em sede de Portugal 2020. No fundo é refocalizar, pois existe dinheiro disponível para investir nestes territórios com indicadores mais pobres", explicou o também responsável pelas "smart cities" na Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
Olhando para Viseu, Almeida Henriques deu conta dos progressos que têm vindo a ser feitos na mobilidade colectiva, com a introdução de autocarros eléctricos e a adaptação das carreiras às reais necessidades dos cidadãos. "A tecnologia só é útil se nos ajudar a resolver os problemas das pessoas e ajudar as autarquias a reduzir custos", rematou.