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PME entram na rota do "renting"

O director comercial da LeasePlan Portugal acredita que as características e a dimensão do mercado português proporcionarão boas oportunidades para fazer crescer o negócio no seio das pequenas e médias empresas.

21 de Setembro de 2016 às 13:48
Sara Matos/Negócios
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De acordo com o estudo "Car Policy Benchmark", desenvolvido pela LeasePlan em 2015, as funções que mais usufruem de veículos empresariais são as direcções de primeira linha (91%). A necessidade funcional predomina no motivo de atribuição de veículos, em qualquer segmento. No que respeita a escolha de veículos na direcção de primeira linha, o método mais representativo é a opção de escolha por plafond, ou seja, quanto maior o nível hierárquico, maior o plafond e a liberdade de escolha. No entanto, Pedro Pessoa, director comercial da LeasePlan Portugal, explica que há uma tendência para as empresas que têm a sua política de frota concentrada em uma ou duas marcas escolherem os modelos da marca dominante para este segmento.

 

Com o modelo de contratação de serviços de gestão de frotas a terceiros já reconhecido como vantajoso pelas grandes empresas, Pedro Pessoa acredita que o interesse, cada vez maior, das PME pelo "renting" é um indicador positivo. Segundo ele, em termos de expressividade, dada a dimensão e as características do mercado português, as PME "são o segmento com maior potencial de crescimento no 'renting' a curto/médio prazo".

 

No entender deste responsável, o agravamento fiscal, em sede de tributação autónoma e de Imposto Único de Circulação, decorrentes do OE 2014, foi muito penalizador para este segmento de viatura, cujo custo de aquisição dos veículos ronda os 35 mil euros e, como tal, passou a ser taxado a 35%. No entanto, este desafio é superável dado a pouca expressão de viaturas com este valor nas frotas empresariais portuguesas.

 

Previsibilidade soma pontos no "renting"

 

Neste contexto, Pedro Pessoa assinala que o grande desafio neste sector passa por "demonstrar aos nossos clientes que apesar de o 'renting' estar sujeito às mesmas taxas, pelo facto de gerar menos encargos com depreciações, apresenta uma base de incidência menor, logo menos custos com tributação autónoma".

 

Segundo este especialista, a exigência deste sector em termos de níveis de serviço é também muito acentuada, o que obriga as empresas como a LeasePlan a "inovar continuamente e a superar as expectativas deste segmento".

 

Questionado quanto às modalidades de financiamento disponíveis, Pedro Pessoa diz que qualquer uma das opções é válida para o financiamento da frota automóvel. No entanto, o "renting" é a única modalidade que assegura uma gestão profissional e integrada de todos os aspectos inerentes à utilização de uma frota. "Acreditamos que o 'renting' garante a previsibilidade dos custos, permite optimizar o prazo de utilização de um veículo, além de transferir para terceiros os riscos inerentes à gestão de uma frota", explica o responsável.

 

No entanto, há ainda um número significativo de empresas que optam pela compra directa, maioritariamente PME e microempresas, isto porque para grandes frotas os desafios são diferentes. Quanto maior a frota, maior a carga administrativa e mais diversificada a tipologia de problemas com que a empresa se pode confrontar. Lidar com o volume de questões ligadas a esta actividade é difícil, exigindo tempo e recursos.

 

Por sua vez, o "renting" é um conceito de mobilidade a custo fixo, garantindo previsibilidade, controlo e redução de custos. Pedro Pessoa garante que esta modalidade "liberta o cliente de todos os riscos operacionais, nomeadamente, a desvalorização do veículo e os riscos de manutenção. Adicionalmente, o 'renting' permite aos clientes manterem uma frota sempre actual e operacional."

 

Redução de custos resulta de maior cuidado 

 

Com cerca de mil clientes, num universo de 6.000 no segmento "corporate" (grandes empresas), o director comercial da LeasePlan refere que os clientes "corporate" têm, em média, uma frota com cerca de 50 carros.

 

Pedro Pessoa reconhece que a crise teve como consequência a redução da dimensão das frotas e, em alguns casos, o "downgrade" de versões e equipamento dos veículos.

Para que nada falhe no momento de optar, este responsável recomenda às empresas que tenham em atenção alguns cuidados. "Medidas tão simples como a concentração de marcas no processo de escolha dos veículos, assim como a concentração de renovações no mesmo período de tempo, não só contribuem para a redução efectiva de custos, mas facilitam a gestão operacional da frota do cliente, poupando-lhe tempo e recursos", assinala o director comercial.

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