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Motores continuam a mobilizar variáveis salariais nos RH

As atribuições de viaturas mantêm-se entre os ex-líbris dos pacotes salariais, mas podem perder terreno para outras variáveis mais apreciadas pela geração Y.

21 de Setembro de 2016 às 15:22
Bruno simão
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A componente salarial variável e os benefícios adicionais são os principais trunfos utilizados pelas empresas na hora de captar o profissional que pretendem para ocupar determinado cargo.

 

Seguros de saúde e de vida, "stock options", atribuição de acções da empresa, formação, flexibilidade de horários, telemóveis e viatura de serviço são apenas alguns dos benefícios que as entidades empregadoras disponibilizam aos seus actuais ou futuros colaboradores. De acordo com as análises do mercado laboral e salarial da Hays, os carros de serviços foram sempre dos benefícios muito valorizados pelos trabalhadores, com elevado peso no valor total dos pacotes salariais. Porém nos últimos anos este valor tem vindo a baixar não só devido à pressão para o controlo de custos, mas também porque as questões fiscais mudaram e porque a nova geração de profissionais, designada de geração Y, privilegia outro tipo de mais-valias.

 

Ainda assim, Nuno Troni, director da Randstad Professionals, afirma que o automóvel é das componentes mais importantes, com um peso muito superior a seguros de saúde ou vida, formação, mas deve ter um peso inferior à parte variável do salário. "O carro continua a ser um benefício atribuído aos executivos e gestores de topo, como parte integrante do pacote salarial", sustenta o responsável.

 

O grau de exigência de funções a que um presidente, um administrador ou director-geral está sujeito implica que os empregadores pensem em sistemas de remuneração diferentes dos que possuem para outros profissionais do seu quadro. Desta forma, a atribuição de carro pode ter dois motivos, que são a exigência da função, como acontece em muitos cargos comerciais, ou como complemento/benefício salarial que se aplica em especial a partir de quadro de direcção até à administração.

 

Questionado quanto à existência ou não de valores padrão predefinidos de viatura para os diferentes cargos executivos, Nuno Troni explica que não é tanto uma questão de valor por patamar, mas sim por segmento. A dimensão da empresa, volume de facturação e sector de actividade são também condicionantes. "Um CEO de PSI-20 vê-lhe atribuído uma viatura de luxo com motorista, o director-geral de uma multinacional de grande dimensão poderá ter o mesmo carro, mas sem motorista", detalha o director da Randstad Professionals.

 

A representatividade do carro no pacote salarial é variável e, segundo Nuno Troni, o percentual diminui na proporção da senioridade da função. Para um quadro médio pode representar 15 a 25%, para uma direcção de primeira linha ou administração, 10%.

 

O facto é que as empresas continuam a ver vantagens nesta opção de valorizar o salário dos seus recursos. "O impacto fiscal é muitíssimo menor e é sempre muito valorizado pelo colaborador", sustenta este. 


Negócio "premium" com contornos generalistas  Rui Faria, Coordenador do Aquela Máquina CMTV, CM Jornal e www.aquela.maquina.pt

As marcas "premium" que já foram as incontestáveis preferidas para reforçar as frotas das empresas entraram em rota de colisão com a crise económica e reinventaram os argumentos de negócio que apresentam aos departamentos financeiros das empresas para dilatar as despesas.

 

Houve alteração no tipo de carro procurado neste segmento de mercado no último ano?

Nos últimos anos não há grandes alterações porque as "regras do jogo" não se alteram há muito tempo. Mas dois dados importantes: por um lado é evidente um aumento das vendas de automóveis de marcas "premium", porque têm um valor residual mais elevado, permitindo reduzir as mensalidades para valores que em muitos casos são semelhantes aos praticados pelas marcas ditas generalistas; por outro, surgiram propostas interessantes para clientes individuais, que permitem dilatar os horizontes deste mercado.

 

Qual é o tipo de carro mais procurado actualmente neste segmento pelas empresas?

O mercado das frotas para empresas foge às regras tradicionais da oferta e da procura. Neste caso, o cliente não é o utilizador, mas a sua entidade patronal. O utente do veículo é geralmente ultrapassado pelos acordos entre a empresa onde colabora e a locadora a quem esta compra o serviço. As opções de escolha do utente são reduzidas. Passam pela marca/marcas predefinidas, limites no valor das mensalidades e até tipo de carroçaria.

 

Quais os extras/características que este mercado privilegia? 

As características são definidas pela empresa que adquire o veículo para o seu funcionário. Há empresas que só aceitam automóveis de quatro portas, outras que não aceitam desportivos, descapotáveis ou SUV. O mesmo acontece com o equipamento. Ele tem de caber no orçamento que está consignado ao utente e esse valor, não podendo ser ultrapassado, reduz as hipóteses de escolha. Por exemplo: comprar um modelo da marca A, que sendo equivalente ao da marca B é mais barato do que ele, poderia abrir as portas a mais equipamento opcional, mas pode não ser uma alternativa se a marca A não estiver na carteira de clientes da locadora.

 

Considera que os prémios e os troféus influenciam a procura de viaturas neste segmento?

Os prémios são sempre importantes ao nível da notoriedade de um modelo e neste caso acabam por reconhecer o esforço económico que algumas marcas fazem para criar "pacotes" de equipamento para promoverem versões que acabam por ser mais atractivas para o utilizador. Mas, no confronto entre um modelo de uma marca generalista premiado e o de uma marca "premium" sem qualquer prémio, a opção cai maioritariamente para o automóvel com maior peso ao nível da imagem de marca.



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