A concorrência entre as várias marcas é a pedra de toque no segmento das frotas para executivos e gestores, verificando-se uma elevada oferta das mais variadas tipologias de viaturas no que a segmentos e motorizações diz respeito. O objectivo dos "players" é ir ao encontro de qualquer exigência profissional, superando os desafios próprios deste mercado altamente dinâmico. De acordo com Pedro Serrador, director de frotas do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA), a vertente de pós-venda possui um papel crucial na competitividade nesta área que procura assegurar a mobilidade permanente dos seus clientes com baixos custos de operação, seja no momento de aquisição da viatura, seja ao longo da vida útil das frotas das empresas. "A mobilidade permanente, no sentido em que uma empresa não pode ter um recurso ou um serviço imobilizado, e os baixos custos de operação, no sentido em que são um objectivo genérico nas organizações, constituem sempre uma prioridade», sustenta o responsável.
Com o objectivo de assegurar mobilidade permanente no canal das frotas, o grupo FCA admite estar a avaliar soluções de "fleet sharing" de forma a flexibilizar as frotas das empresas clientes. Segundo Pedro Serrador, a opção passa por um programa estruturado de disponibilidade de viaturas de cortesia para fazer face a imobilizações de viaturas em oficina, ou ainda pela disponibilidade pontual de viaturas com características diferentes das que as empresas têm na sua frota fixa, por forma a ir ao encontro das necessidades pontuais e específicas das empresas em determinados momentos.
A FCA assume-se como uma alternativa bem posicionada neste segmento com a marca Alfa Romeo e o lançamento recente do novo modelo Giulia. Pedro Serrador refere que o segmento das vendas a empresas, seja directamente pela FCA, seja através da sua rede de concessionários, pesa no actual momento do conjunto das marcas do grupo FCA cerca de 25%. "Pretendemos evoluir no próximo ano para um peso entre os 30% a 35%", planeia o responsável.
Para concretizar este objectivo, a FCA pretende consolidar as vendas no segmento frotista dos novos modelos lançados este ano e também realizar a "profunda reestruturação" da sua rede de concessionários, que já está em curso. "Esta nova rede vai permitir-nos uma maior cobertura territorial e, por conseguinte, uma maior aproximação ao cliente final", sustenta o director de frotas do grupo Fiat Chrysler Automobiles.
A par das soluções derivadas do "fleet sharing", Pedro Serrador avança ainda que a FCA está também a desenvolver produtos de financiamento que irão permitir alargar a oferta de soluções para aquisição das viaturas das marcas para o segmento empresas, desde as grandes empresas com frotas de grande dimensão às PME.
O director de frotas do grupo Fiat Chrysler Automobiles reconhece que este segmento de mercado tem evoluído de forma comedida e em linha com os principais indicadores económicos que influenciam a maior ou menor dinâmica financeira das empresas portuguesas. Pedro Serrador explica que a principal evolução de que se dá conta é a de que existe cada vez maior racionalização por parte das empresas nos critérios de selecção de potenciais marcas e modelos para as suas frotas, não só em relação ao preço final da viatura, mas também em relação aos custos de manutenção (TCO), consumos e emissões de CO2. "Temos assistido a uma tendência de 'downsizing' das tipologias de viaturas para os diferentes grupos utilizadores, sejam utilizadores com funções de carácter mais técnico, sejam utilizadores com funções de carácter mais comercial", destaca o responsável.
Na maioria dos carros para executivos e quadros intermédios, além da racionalidade da compra, a solicitação vai no sentido de ter uma viatura mais equipada, em que se destacam os elementos de conforto e tecnologia.
Que tipo de carro vende mais para este segmento?
No acumulado deste ano até à data, é, na marca Alfa Romeo, o modelo Giulietta, que após um "restyling" importante e a introdução da nova caixa automática TCT ganhou uma vida nova. Na marca Fiat, as vendas a empresas estão distribuídas entre os modelos 500X, 500L e Punto, sendo que o Fiat 500, modelo ícone da marca, também tem algum peso. Naturalmente, com o lançamento de novos modelos no decorrer deste ano mais orientados para o segmento frotista, o Alfa Romeo Giulia e o Fiat Tipo nas três diferentes carroçarias (sedan, hatchback e station wagon), a tipologia das nossas vendas a empresas está já em evolução, com os novos modelos a registarem volumes de vendas interessantes neste segmento para início de comercialização.
Quais os extras mais solicitados nesta gama de veículos?
Os extras mais solicitados na gama de veículos destinados ao segmento empresarial dependem do tipo de utilizador e do tipo de utilização que as viaturas vão ter. Diria que actualmente, qualquer viatura destinada a uma utilização empresarial vem equipada com rádio, comandos no volante, ar condicionado manual, cruise control e sensores de estacionamento traseiro, como é o caso na maioria das viaturas das marcas do grupo FCA. No nível seguinte, estão equipamentos como o rádio com funções "touch screen", navegador, ar condicionado automático bi-zona, cruise control e apontamentos de conforto.