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Novos empréstimos ao consumo em máximos de Maio de 2011

O financiamento à economia diminuiu, em Outubro, devido à redução dos empréstimos às grandes empresas. Já as famílias beneficiaram de mais crédito, com os financiamentos ao consumo a registarem o valor mais elevado desde a chegada da troika a Portugal.

Bruno Simão/Negócios
11 de Dezembro de 2014 às 10:28
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Os novos créditos à economia diminuíram 1,05% para um total de 3,4 mil milhões de euros, em Outubro, quando comparado com o mês anterior. Já face ao mesmo período do ano passado a quebra é de 36,6%, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal.

 

A justificar a queda mensal dos novos empréstimos esteve apenas o segmento de crédito a empresas superiores a um milhão de euros, que registou uma descida mensal de 23,09% para 1,05 mil milhões de euros. Já os empréstimos a empresa abaixo daquele patamar aumentaram 11,69% para 1,66 mil milhões de euros.

 

Crédito às famílias em máximos de mais de um ano

 

Os financiamentos às famílias cresceram, face a Setembro, 18,65% para 687 milhões de euros. Quando comparado com igual período do ano passado, o aumento é de 12,2%. O montante dos novos financiamentos às famílias é o mais elevado desde Dezembro de 2013.

 

Por segmentos, o maior aumento foi verificado nos empréstimos para outros fins, onde se inclui educação, energia e empresários por conta própria, onde se verificou um acréscimo mensal de 42,59% para 231 milhões de euros. Já o crédito ao consumo aumentou 14% para 244 milhões de euros, um valor que não se verificava desde Maio de 2011, mês marcado pela chegada da troika a Portugal. O crédito à habitação também subiu 4,4% para 212 milhões de euros.

 

Os bancos chegaram, em 2007/2008, a financiar a economia em mais de oito mil milhões de euros por mês. Actualmente o valor total do financiamento à economia encontra-se nos 3,4 mil milhões de euros.

 

A travagem brusca na concessão de crédito aconteceu depois de, em 2008, o Lehman Brothers ter falido, o que provocou uma crise de crédito à escala mundial. Os bancos receavam que ocorressem novos casos e restringiram os empréstimos entre si.

 

Com maiores dificuldades de financiamento, a banca começou a reflectir no mercado nacional este contexto. O que foi ainda mais vincado depois de Portugal pedir ajuda financeira internacional. A banca portuguesa deixou de se conseguir financiar regularmente no mercado e deixou de ter capacidade de financiamento da economia.

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