Notícia
Membros da Fed quase unânimes para descerem juros este ano
Na última reunião de política monetária, em meados de março, praticamente todos os membros da Fed concordavam com uma descida dos juros este ano. Decisão será, contudo, dependente de dados económicos.
Praticamente todos os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC na sigla em inglês) consideraram, na última reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que será "apropriado" descer as taxas de juro algures este ano.
A informação consta da ata da última reunião, a 19 e 20 de março, que foi esta quarta-feira publicada. "Os participantes consideram que as taxas de juro estão provavelmente no pico e quase todos consideram que será apropriado reduzir a política monetária para níveis menos restritivos algures este ano caso a economia evolua como expectável", refere o documento.
A informação consta da ata da última reunião, a 19 e 20 de março, que foi esta quarta-feira publicada. "Os participantes consideram que as taxas de juro estão provavelmente no pico e quase todos consideram que será apropriado reduzir a política monetária para níveis menos restritivos algures este ano caso a economia evolua como expectável", refere o documento.
O "dot plot" (mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores) do encontro de março, no qual o banco central manteve os juros inalterados entre os 5,25% e os 5,5%, já deixava claro que os decisores de política monetária mantinham as perspetivas de cortes dos juros para este ano, apontando para que as taxas dos fundos federais terminassem o ano nos 4,6%. Isto, claro, se os dados económicos favoráveis se mantiverem.
Contudo, o documento hoje conhecido reforça uma ideia que tem vindo a ser transmitida por Jerome Powell, presidente da Fed: só será apropriado começar a aliviar a política monetária quando existir uma maior confiança de que a inflação está a caminhar de forma sustentável para a meta dos 2%.
Os dados relativos à inflação em março, também conhecidos hoje, mostram que o indicador voltou a acelerar no mês passado, tendo superado as estimativas dos economistas. Em termos homólogos, a inflação subiu para 3,5% em março, acima dos 3,4% esperados. Já a inflação subjacente, que exclui os preços voláteis da energia e dos alimentos, aumentou para 3,8%.
A próxima reunião de política monetária da Fed está marcada para os dias 30 de abril e 1 de maio.