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Fed vai cortar juros apesar de inflação persistente, antecipa Biden

O presidente norte-americano acredita que a inflação persistente não vai impedir a Reserva Federal (Fed) norte-americana de descer os juros antes do final deste ano.

Reuters / Pool
Sílvia Abreu silviaabreu@negocios.pt 10 de Abril de 2024 às 20:09
A recente subida da inflação nos Estados Unidos não altera as perspetivas de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, para a evolução da política monetária. "Mantenho a minha previsão de que, antes do fim deste ano, haverá um corte dos juros", afirmou, esta quarta-feira, numa conferência de imprensa em Washington. 

As palavras do presidente norte-americano seguiram-se aos dados relativos à inflação em março, que mostram um aumento para 3,5%, acima do esperado pelos economistas.

O mercado esperava uma primeira descida dos juros em junho, mas a subida da inflação pelo terceiro mês consecutivo abre a porta a que a Reserva Federal (Fed) dos EUA mantenha os juros inalterados durante mais tempo. Isto porque o banco central tem defendido que precisa de mais garantias de que a inflação caminha de forma sustentável para a meta dos 2% antes e começar a aliviar a política monetária.

Joe Biden mantém, contudo, a posição manifestada no início de março, admitindo apenas que a leitura do mês passado poderá levar a Fed a adiar a decisão de descer os juros em cerca de um mês. 

"Reduzimos drasticamente a inflação, de 9% para perto de 3%, estamos numa situação melhor do que quando tomámos posse e a inflação estava a disparar", justificou.

Uma subida da inflação e um adiamento do corte dos juros por parte da Fed para depois das eleições presidenciais, em novembro, poderá mostrar-se um golpe para Joe Biden, uma vez que aumenta a pressão sobre as famílias, podendo levar a um maior descontentamento, sublinha a Bloomberg.
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