A massa falida do Costa Atlântica – Fundo Especial de Investimento Imobiliário, que foi decretado insolvente há meia dúzia de anos, decidiu colocar em leilão eletrónico uma série de ativos, nomeadamente  seis lotes para construção, em que se incluem 20 terrenos com potencial construtivo, situados em Óbidos.

A avaliação global destes meia dúzia de lotes ultrapassa os 7,8 milhões de euros, podendo ser licitados individualmente a partir de 132.600 euros.

"Os imóveis localizam-se na freguesia de Vau, com vista para a Lagoa de Óbidos. A sua posição estratégica na Costa de Prata confere uma proximidade inferior a cinco minutos das praias do Bom Sucesso e da Lapinha", realça a Leilosoc, a leiloeira responsável por este evento, em comunicado.

De acordo com a descrição da Leilosoc, os terrenos em leilão possuem as seguintes características:

- O lote 1, que possui uma área total de 12.500 metros quadrados, "permite a construção de um ‘eco resort’", situando-se "na zona mais sossegada, muito próxima da lagoa";

- Para o Lote 2, que tem uma área total de 27.030 metros quadrados, "existe um estudo com apreciação favorável da Câmara Municipal de Óbidos para a construção de 33 Moradias (até dois pisos e com área mínima de 350 metros quadrados)";

- O Lote 3 conta com uma área total de 1.536 metros quadrados e uma vista panorâmica para a foz e o rio;

- O Lote 4 "tem um projeto para a construção de 34 Moradias (até dois pisos e com área mínima de 350 metros quadrados), com parecer positivo da Câmara Municipal de Óbidos". Estes terrenos situam-se "na zona mais privilegiada de todo o Bom Sucesso, na margem sul da Foz do Rio, a cerca de 40 metros de altitude", possuindo "vista sobre a lagoa, foz do rio e mar";

- Os Lotes 5 e 6 estão inseridos num loteamento habitacional e correspondem a dois Lotes para construção de moradias com áreas totais de 1.003 e 850 metros quadrados, respetivamente.

A Leilosoc considera que os ativos imobiliários agora apresentados em leilão "representam um investimento com enorme potencial, dada a sua localização única", considerando que "esta é, provavelmente, a maior faixa atlântica do país ainda inexplorada, com um excelente enquadramento no meio natural onde se insere e com oferta de serviços associados às habitações (turísticas ou residenciais)".

Realçando que estes imóveis "beneficiam de isenção de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto de Selo", a Leilosoc defende que estes terrenos "são ideais para a construção de vários empreendimentos turístico-residenciais de luxo com campos de golfe associados, que constituem a principal atração de turistas e residentes".