Os juros implícitos da dívida portuguesa a 10 anos avançaram 74,5 pontos base para 7,465% e renovaram máximos de 21 de Novembro de 2012, segundo os dados genéricos da Bloomberg para o mercado secundário. No prazo de cinco anos, a subida foi de 116,4 pontos base para 6,671% e na emissão a dois anos foi de 153,2 pontos para 5,037%.

As taxas implícitas na dívida portuguesa estão a reflectir a redução da exposição dos investidores à dívida pública portuguesa, que pressiona o preço das obrigações e impulsiona os juros implícitos nos títulos de dívida. O principal índice de bolsa lisboeta, PSI-20, recuou 5,3% na sessão.

Desde que o presidente do CDS/PP, Paulo Portas, anunciou o pedido de demissão do Governo liderado português, terça-feira à tarde, os juros a 10 anos acumularam uma subida de 107,1 pontos base. Durante a sessão desta quarta-feira, a “yield” chegou a avançar 138,6 pontos base para 8,106%.

A subida dos juros foi mais acentuada nas emissões de prazo mais curto, com a taxa implícita nas obrigações com maturidade daqui a dois anos a aumentar 153,2 pontos base para 5,037% e a taxa a cinco anos a avançar 116,4 pontos base para 6,671%. Também nestes prazos foram revisitados máximos de Novembro último. 

No prazo a 10 anos o "spread" face à dívida alemã chegou a superar os 600 pontos base durante a sessão.