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Juros da dívida continuam a aliviar após palavras de Draghi

Os juros da dívida pública portuguesa estão a cair em todos os prazos. A dez anos, as “yields” estão novamente abaixo dos 3%. Este alívio estende-se também a outros países periféricos.

Bloomberg
27 de Agosto de 2014 às 10:48
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As "yields" da dívida pública nacional estão em queda em todos os prazos. A dois anos, os juros da dívida pública cedem 3,3 pontos base para 0,738% e a cinco anos, as taxas de juro exigidas pelos investidores para trocarem dívida nacional entre si recuam 4 pontos base para 1,605%, de acordo com as taxa genéricas da Bloomberg.

 

A dez anos, e apesar de terem iniciado a sessão ligeiramente acima dos 3%, as "yields" recuam por esta altura 4,9 pontos base para 2,993%. O risco de Portugal, medido através da diferença entre a taxa pedida pelos investidores na negociação de dívida alemã e de Portugal, está em queda e situa-se nos 205,2 pontos base.

 

Este alívio estende-se a outros países periféricos. No caso de Itália, verifica-se uma descida mais pronunciada nas maturidades mais longas. A dois anos, os juros cedem 0,6 pontos base para 0,292% e a cinco anos as "yields" recuam 1,3 pontos base para 1,043%. A dez anos, as taxas exigidas pelos investidores para transaccionarem dívida entre si recuam 4,4 pontos base para 2,369%.

 

No caso de Espanha, a queda as "yields" verifica-se igualmente em todos os prazos. A cinco anos, as taxas de juro exigidas pelos investidores para trocarem dívida entre si do reino de Espanha, cedem 3,5 pontos base para 0,759% e a dez anos cedem 8 pontos base para 2,092%.

 

A motivar esta evolução estão as palavras de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), na passada sexta-feira, 22 de Agosto. O líder da autoridade monetária da área do euro no simpósio de Jackson Hole (EUA) apelou aos países do euro para implementarem medidas de estímulo económico, deixando para trás o discurso de austeridade. Ora, este pedido para os países apostarem no crescimento económico representa uma mudança radical no discurso da autoridade monetária que, até aqui, tinha manifestado a necessidade dos países implementarem medidas de austeridade de forma a equilibrarem as contas públicas.

 

Por outro lado, e durante a sua intervenção, Draghi manifestou confiança que o pacote de medidas anunciadas pela autoridade monetária em Junho "vai oferecer o impulso que se quer à procura". No entanto, assinalou que "estamos prontos para ajustar mais a nossa política".

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