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Juros da dívida aliviam pelo quinto dia seguido
As taxas de juro associadas às obrigações de dívida pública portuguesa com maturidades mais longas estão a aliviar pela quinta sessão consecutiva.
Os juros associados à dívida pública portuguesa prosseguem esta terça-feira, 17 de Janeiro, a tendência de alívio que vem sendo verificada nos últimos dias, estando mesmo a recuar pela quinta sessão consecutiva.
Depois de já ter registado uma descida mais acentuada no início da manhã, a "yield" associada às obrigações lusas com prazo a 10 anos segue nesta altura a recuar 0,5 pontos base para 3,848%, voltando assim a negociar em mínimos de 3 de Janeiro tal como ontem já tinha acontecido.
Apesar de estar a subir, o "spread" relativamente à Alemanha está também, à imagem do sucedido na passada terça-feira, no nível mais baixo desde o dia 3 de Janeiro, com o diferencial face ao juro das "bunds" a fixar-se nos 365 pontos base.
A tendência de alívio dos juros da dívida da República portuguesa acontece depois da subida registada nas primeiras sessões de 2017 que, na semana passada, levaram a "yield" das obrigações lusas para uma taxa superior a 4%, um máximo de Fevereiro do ano passado.
Esta subida surgiu na sequência do reforço da convicção de que o Banco Central Europeu (BCE) vai inverter as suas políticas monetárias de estímulo económico e da agora menor margem da instituição liderada por Mario Draghi para comprar dívida portuguesa anos mercados secundários.
De acordo com estimativas do Commerzbank, desde Abril do ano passado a aquisição de títulos portuguesas pelo BCE ficou quatro mil milhões de euros abaixo da meta implícita definida pela autoridade monetária europeia.
A contribuir para o relaxamento da pressão sobre as obrigações de dívida lusas esteve a decisão da agência de notação financeira Moody’s que, na última sexta-feira e ao contrário do que estava previsto, decidiu não se pronunciar sobre a República portuguesa
Nesta altura a classificação atribuída pela Moody’s a Portugal é de Ba1, um nível abaixo do grau considerado de investimento. Já a perspectiva é estável. No início de Dezembro do ano passado.
Nos restantes periféricos que integram a Zona Euro a tendência é também de alívio. A "yield" das obrigações italianas com prazo a 10 anos cai 4,1 pontos base para 1,873% enquanto a taxa de juro associada às obrigações espanholas recua 6,3 pontos base para 1,367%. Para comprarem dívida pública alemã a 10 anos, os investidores estão a exigir nos mercados secundários uma taxa de juro de 0,286%, o que implica uma descida de 3,7 pontos base.