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IGCP planeia emissão de obrigações no início de 2014
João Moreira Rato diz que ainda não há uma decisão sobre a maturidade da primeira emissão mas adianta que os cinco e os 10 anos são possibilidades. Emissão, que deverá voltar a ser promovida por sindicato bancário, deverá ter montantes “semelhantes” às emissões feitas em 2013.
João Moreira Rato diz que ainda não há uma decisão sobre a maturidade da primeira emissão mas adianta que os cinco e os 10 anos são possibilidades. Emissão, que deverá voltar a ser promovida por sindicato bancário, deverá ter montantes “semelhantes” às emissões feitas em 2013.
Em entrevista à agência Bloomberg, o presidente do IGCP, que está em Londres, afirmou que “Portugal está a trabalhar no sentido de retomar a emissão regular de obrigações” e que os planos actuais prevêem uma emissão no início do próximo ano.
João Moreira Rato, que esclareceu que o Tesouro pretende obter sete mil milhões de euros no próximo ano, comentou que está a notar o regresso do interesse de investidores escandinavos, bem como franceses, espanhóis e italianos.
O presidente do IGCP acrescenta que, de acordo com os planos do organismo, Portugal obterá todas as necessidades de financiamento de 2014 e começará a pré-financiar 2015 "relativamente cedo no ano".
Questionado sobre o risco de Portugal envolver os investidores privados em processos de reestruturação de dívida, Moreira Rato atirou que o IGCP trabalha num cenário em que "nada desse género" acontecerá.
Este regresso de Portugal ao mercado de financiamento de longo prazo ocorrerá já depois da decisão do Tribunal Constitucional sobre a convergência das pensões, que será conhecida até 20 de dezembro. Os analistas comentaram Portugal abriu caminho para esta emissão de obrigações de longo prazo depois de ter concluízo esta semana, com sucesso, uma operação de troca de dívida.
Os investidores aceitaram trocar mais de 6,6 mil milhões de euros em dívida que se vencia em 2014 e 2015 por títulos que serão reembolsados em 2017 e 2018, a troco de taxas que o Executivo considerou "competitivas face aos juros da dívida portuguesa no mercado, nos diferentes prazos".