Notícia
Necessidades de financiamento do Estado baixam para 11 mil milhões em 2015
O Governo antecipa que as necessidades líquidas de financiamento diminuam em 2015 face a este ano, segundo a proposta do Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano. Em Obrigações do Tesouro o Governo vai emitir pouco mais de 5 mil milhões de euros.
"Em 2015, prevê-se uma diminuição das necessidades líquidas de financiamento face ao ano anterior em cerca de 4,3 mil milhões de euros, justificada pela redução do défice orçamental e da aquisição líquida de activos financeiros, com o valor conjunto destas rubricas a fixar-se em torno de 11,0 mil milhões de euros", refere o documento entregue esta quarta-feira na Assembleia da República.
Para satisfazer estas necessidades, a principal fonte de financiamento líquido deverá concentrar-se na emissão de dívida de médio e longo prazo. O Governo estima um contributo de cerca de 5,4 mil milhões de euros (emissões brutas de 12 mil milhões de euros) de obrigações do Tesouro.
A este contributo deverão ainda juntar-se emissões em moeda estrangeira no valor de aproximadamente 0,8 mil milhões.
"Adicionalmente, prevê-se que os instrumentos de aforro mantenham um contributo positivo (financiamento líquido de 2,5 mil milhões de euros), ainda que inferior ao verificado em 2014", frisa o documento.
Quanto às amortizações de dívida, o Governo estima um valor de cerca de 28,9 mil milhões de euros, menos 9,6 mil milhões do que este ano. "Este valor é explicado essencialmente pela amortização da OT 3,35% out 2015 no montante previsto de 6,6 mil milhões de euros, e de BT, no valor de 16,1 mil milhões de euros", acrescenta a proposta do OE para 2015.
"Destaque ainda para a amortização de um MTN em dólares no montante de 0,8 mil milhões de euros e para a primeira parcela de amortização do empréstimo do FMI no montante de 0,5 mil milhões de euros, a que acresce uma estimativa de amortização de CEDIC/CEDIM de 4,5 mil milhões e de instrumentos de dívida de retalho de 0,4 mil milhões de euros", pode ler-se.
No que se refere às necessidades brutas de financiamento para o próximo ano, o Governo projecta que ascendam a 39,9 mil milhões de euros.