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Cinco conselhos para encontrar o melhor crédito
Obter crédito para comprar casa já não é tão complicado como tem sido nos últimos anos. Contudo, para garantir que faz um bom contrato há alguns truques que deve seguir. Conheça os principais.
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Vá ao banco, mas não apenas ao seu
Quando chega a hora de contrair um crédito, nomeadamente para a compra de casa, muitos portugueses têm a tendência para privilegiarem as instituições onde têm conta à ordem, ou seja, aquela com o qual têm maior proximidade. O seu banco pode até ser o primeiro a consultar, mas na procura pelo melhor contrato de crédito é muito importante ver o que todos os outros bancos têm para oferecer. Não só essas outras instituições financeiras podem apresentar-lhe "spreads" mais reduzidos como "exigirem" condições menos gravosas para conseguir obter essa margem mais baixa.
Escolha a casa que quer ou a do banco
Cada vez mais os bancos começam a abrir a "torneira" do crédito à habitação. Começa a ver-se alguma evolução no mercado imobiliário, contudo ainda há muitas transacções de casas que os bancos têm no seu balanço (por incumprimento do anterior proprietário). Uma casa destas pode não ser a que deseja, mas certamente conseguirá melhores condições no financiamento. Para estes imóveis, dada a vontade da banca de os colocar no mercado, o sector oferece "spreads" mais baixos do que os dos preçários e crédito para 100% do valor. Nalguns casos pagam as despesas associadas e até dão brindes.
Tem poupanças? É hora de as utilizar
Ainda que estejam mais abertos à concessão de crédito para a compra de casa, os bancos querem proteger-se de eventuais perdas por incumprimento (depois das elevadas provisões que tiveram de realizar nos últimos anos). Daí que para apresentarem "spreads" baixos , as instituições financeiras exijam que o rácio entre o financiamento e o valor do imóvel seja baixo. Há alguns anos, 80% era considerado normal. Actualmente, só com 50% se conseguem boas condições. Neste sentido, se tem poupanças, poderá ser vantajoso utilizá-las para reduzir o montante a solicitar ao banco.
Escolher a taxa não é assim tão simples
Quando está a contratar um crédito à habitação tem de escolher a taxa que servirá de indexante do financiamento. Regra geral, a escolha recai sobre taxas variáveis, ou seja, as Euribor (seja a três, seis ou 12 meses) - 96% dos créditos existentes está dependente das Euribor. Actualmente, tendo em conta os mínimos a que estas taxas estão, fruto da actuação do BCE, o encargo é muito baixo (sendo que o grosso dos juros resulta do "spread"). Mas porque não olhar para uma taxa fixa? Pagará mais, é certo. Contudo, garantirá taxas muito abaixo da média histórica para o futuro. E saberá sempre quanto vai pagar.
Não se esqueça da TAER
O "spread" é sempre uma boa forma de ver se o crédito apresentado é, ou não, atractivo para o seu caso. Mas não é, nem deve ser, a única forma de o fazer. Por vezes, pode até ser enganador. É que para apresentarem margens baixas nos empréstimos, os bancos "exigem" muitas vezes a subscrição de produtos por si comercializados que, nalguns casos, têm custos. Por isso, o melhor será centrar as atenções na Taxa Anual Efectiva Revista. A TAER é uma taxa que considera todos os custos associados ao empréstimo. Está, obrigatoriamente, em todas as Fichas de Informação Normalizadas. Peça-a sempre.