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Aposta nos certificados de aforro em dezembro é a maior desde julho de 2023
Após a entrada em vigor de novas regras sobre estes produtos de poupança do Estado, os aforradores têm vindo, nos últimos três meses, a reforçar a aposta. Em sentido contrário, os certificados do Tesouro continuam a perder dinheiro.
O investimento das famílias em certificados de aforro renovou em dezembro do ano passado máximos desde, pelo menos, dezembro de 1998, data que marca o início da série do Banco de Portugal. No último mês de 2024 entraram 351,98 milhões de euros, o que representa a maior entrada mensal de poupanças desde julho de 2023.
A subida dos certificados de aforro em dezembro mais do que compensou a descida dos certificados do Tesouro, que recuaram 129,67 milhões no mês passado, levando o "stock" total para 9.742,32 milhões de euros - o montante mais baixo desde junho de 2016. No conjunto dos dois produtos de poupança do Estado, o saldo está em de 44.485,79 milhões de euros - o valor mais elevado desde março de 2024 -, após um crescimento de 222,31 milhões de euros em dezembro, o maior desde junho de 2023.
O reforço do apetite dos aforradores replica uma tendência que se tinha verificado já desde outubro com a entrada em vigor de novas regras destes produtos. Apesar de não ter sido apresentada qualquer mudança sobre os juros ou prémio de permanência pagos aos investidores (o tecto máximo do juro continua nos 2,5%), a principal alteração foi nos limites máximos que podem ser alocados aos certificados de aforro.
A série F de certificados de aforro, em comercialização desde junho do ano passado, tinha até ao outubro um limite máximo de 50 mil euros por aforrador. Este valor foi alterado e passou para o dobro: 100 mil euros. Além disso, no acumulado dos certificados da série E e da F, não poderia ficar com mais de 250 mil euros nestes produtos. Neste caso, o limite conjunto sobe para 350 mil euros.