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Tesouro avança amanhã com troca de dívida que atingia o prazo em 2023 e 2024

Com esta operação, o Tesouro não só vai tentar diminuir o custo de financiamento como também aliviar a pressão sobre os reembolsos da dívida. O país tem a devolver ao mercado 10,6 mil milhões de euros em cada um dos próximos dois anos.

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Portugal quer adiar o reembolso de parte da dívida que atingia a maturidade nos próximos dois anos. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou que vai realizar esta quarta-feira 26 de outubro, às 10h, uma oferta de troca de obrigações por outras com prazo mais longo.

Por um lado, o IGCP vai comprar no mercado obrigações do Tesouro (OT) de duas linhas. Em causa estão OT com prazo a 25 de outubro de 2023, que foram colocadas com um cupão de 4,95%, bem como OT com maturidade a 15 de fevereiro de 2024, com um juro de 5,65%.

Por outro, a agência liderada por Miguel Martín vende três linhas de títulos. A primeira tem maturidade a 15 de outubro de 2027 e um cupão de 0,7%, a segunda diz respeito a 16 de julho de 2032 e um juro de 1,65% e a terceira tem o prazo fixado em 12 de abril de 2052 e um cupão de 1%.

Com esta operação o Tesouro não só diminui o custo de financiamento como alivia a pressão sobre os reembolsos da dívida. O país tem habitualmente um grande reembolso por ano, sendo que o de 2022 foi realizado na semana passada, com a devolução de 8,4 mil milhões de euros em dívida que tinha sido emitida em 2015.

Depois disso, a próxima parede de reembolso está agendada para 25 de outubro de 2023, com o país a ter de devolver 10,6 mil milhões, aos quais acrescem outro tanto no ano seguinte. São estes dois montantes que o IGCP pretende reduzir com a operação de troca de dívida. O montante mais elevado está previsto para 2028 - 15.722 milhões de euros -, mas o Tesouro ainda poderá fazer novas trocas para empurrar os reembolsos para mais tarde.
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