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S&P sobe rating da Oi em dois níveis. Faltam mais cinco para sair do lixo
A agência de notação financeira Standard & Poor’s elevou a classificação da dívida da operadora brasileira Oi, do sétimo para o quinto nível de lixo. A perspectiva é estável.
A operadora brasileira de telecomunicações Oi viu o rating da sua dívida ser melhorado em dois níveis pela Standard & Poor’s, ao passar de CCC+ para B. Faltam, agora, cinco níveis para sair do chamado lixo – ou seja, para passar da categoria de investimento especulativo para a de investimento de qualidade.
Quanto à perspectiva ("outlook") para a evolução da dívida da Oi, a S&P considera-a "estável".
Ao passar da letra C para a B, o risco de "default" é visto como menor. Ao passo que na categoria C se percepciona um elevado risco de incumprimento, dependendo a capacidade de pagamento de condições favoráveis e sustentáveis, na categoria B a aposta ainda é considerada altamente especulativa, dado que há risco de crédito e que a margem de segurança limitada é limitada, mas com menores riscos.
A agência também retirou todos os ratings de dívida da Oi actualmente classificados como D [último patamar da escala da notação, havendo poucas perspectivas de recuperação do investimento ou dos juros].
A isto deve-se a conversão de dívida da empresa em acções, no âmbito do primeiro aumento de capital da Oi (o segundo será realizado até ao final do ano, por meio de injecção de dinheiro) que foi homologado pelo conselho de administração da operadora brasileira no passado dia 20 de Julho.
Já a perspectiva "estável" atribuída pela S&P "reflecte os desafios que a companhia tem a enfrentar para implementar de maneira eficaz o seu plano de investimentos, e consequentemente, na recuperação da participação de mercado e da qualidade do serviço para aumentar as margens, mantendo a liquidez adequada", refere o comunicado da Oi de anúncio da decisão da agência de rating.