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S&P diz que Portugal está no caminho de uma recuperação moderada

A agência de notação financeira Standard & Poor’s analisou os progressos económicos de Portugal, Espanha e Grécia após quase uma década de "profunda crise económica e financeira". Espanha está na frente, Portugal está a portar-se bem e a Grécia é a que mostra mais dificuldades.

21 de Abril de 2017 às 18:01
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"Perguntas e Respostas: As retomas económicas em Espanha, Portugal e Grécia estão encarriladas?". É este o título de um relatório divulgado pela S&P esta sexta-feira, 21 de Abril, onde a agência se debruça sobre a evolução destas três economias do sul da Europa.

Na conclusão apresentada neste documento, a agência diz que "quase uma década depois da profunda crise económica e financeira que varreu a Europa Mediterrânea, três dos países mais duramente atingidos – Espanha, Portugal e Grécia – progrediram a ritmos diferentes". E que ritmos foram esses?

Espanha, salienta a S&P, "lidera a matilha -  apresentando um crescimento forte em matéria de empregos, consumo e exportações -, o que nos leva a rever o seu ‘outlook’ de estável para positivo", refere o analista Marko Mrsnik. O rating mantém-se em BBB+, que é o oitavo dos 10 níveis de investimento de qualidade.


Quanto ao que se passa por cá, a agência diz que "a economia de Portugal, apesar de estar a avançar de forma mais lenta do que a de Espanha, deverá também continuar na via de uma recuperação moderada". A S&P tem o rating soberano a apenas um nível de sair de "lixo", em BB+. Já o "outlook" é "estável".

"Só a Grécia é que ainda demonstra uma revitalização económica mais sustentada, ilustrando, entre outros factores, as dificuldades com que os seus bancos em apuros se deparam", frisa o relatório.

Tanto Espanha como Portugal registaram substanciais ajustamentos externos, conseguindo voltar a ter excedentes nas suas contas correntes, comparando com os insustentáveis défices externos que ambos os países apresentavam antes de 2008, acrescenta a Standard & Poor’s.

"Quando ao lado externo, as exportações de ambos os países (incluindo dos robustos sectores dos serviços) continuarão a beneficiar de prévios aumentos de competitividade e de um euro fraco", acrescenta.

Já a Grécia, no entender da agência, continuará a ver as suas perspectivas de crescimento penalizadas pela fragilidade dos seus bancos.

"Consideramos que uma retoma da economia helénica e uma melhoria das perspectivas de investimento no país estão dependentes, em última instância, de uma restituição da confiança e dos depósitos no sistema bancário, bem como de uma redução dos activos tóxicos do sector", destacou o analista Aarti Sakhuja.


(Notícia actualizada às 18:56)

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