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Prémio de risco da dívida portuguesa recua para mínimo de 18 meses

Os juros de Portugal têm aliviado, enquanto os da Alemanha têm subido, o que faz com que o “spread” da dívida portuguesa recue para mínimos de Janeiro de 2016.

No dia 9 de Fevereiro, a Europa acordou em sobressalto. Os mercados bolsistas estavam a 'derreter' e a fuga de capitais para os refúgios - ouro e dívida alemã - dava sinais de que o caso era sério. No final do dia, os piores cenários confirmaram. O índice bolsista de banca perdeu quase 30%, as quedas da bolsa oscilavam entre os 18,5% de Frankfurt e os quase 40% de Atenas, com os índices a regressarem à década de 90. O receio em torno da fragilidade financeira da Europa, com o Deutsche Bank à cabeça, assustou muita gente. Dois dias depois, a tempestade desapareceu do mapa.
Bloomberg
12 de Julho de 2017 às 09:50
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As taxas de juro a 10 anos de Portugal estão a descer 3,3 pontos base para 3,118%, numa altura em que a "yield" dos juros alemães sobe 6 pontos para 0,609%, o que representa o valor mais elevado desde Janeiro de 2016.

 

Esta evolução dos juros dos dois países reduz o prémio de risco associado à dívida nacional para pouco mais de 250 pontos base, o que corresponde ao valor mais baixo dos últimos 18 meses.

 

Isto num dia em que Portugal regressa ao mercado para emitir dívida de longo prazo. A agência que gere a dívida pública, o IGCP, vai realizar esta manhã um duplo leilão, tentando captar um máximo de mil milhões de euros.

 

Um dos leilões servirá para emitir dívida a 28 anos, um prazo pouco recorrente. Esta é a terceira vez na história que o país emite dívida com uma maturidade próxima de 30 anos.

 

O leilão vai decorrer esta manhã, com o mercado a apontar para que a emissão possa custar cerca de 4%, em juros. A confirmar-se Portugal conseguirá pagar um juro mais baixo do que o registado no início do ano para se financiar a dez anos.

A pressão sobre a dívida portuguesa tem diminuído, com algumas casas de investimento a salientarem as melhorias conseguidas pelo país. Ainda ontem a Nomura Asset Management revelou que aumentou "significativamente" a sua posição na dívida portuguesa, justificando esta decisão com "os fundamentais relativamente fortes e a estibilidade política" que se vive no país. 

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