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Apritel espera que Estado assuma responsabilidade nos custos com exclusão da Huawei
A Apritel defende que o Estado deve assumir responsabilidade no esforço da exclusão da Huawei das redes 5G. E o secretário-geral da associação que representa as operadoras, Pedro Mota Soares, está confiante “que existirá essa razoabilidade”.
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A associação que representa as operadoras de telecomunicações (Apritel) alerta para a sustentabilidade do investimento do setor. E no que toca aos encargos financeiros adicionais derivados da decisão de excluir a Huawei das redes 5G, considera que o Estado deve assumir parte da responsabilidade.
"Se o Estado tomar decisões que impliquem um esforço adicional de investimento, deve participar nos custos de matéria que é decorrente da sua própria decisão", disse Pedro Mota Soares, secretário-geral da Apritel, em entrevista ao Negócios/Antena1.
Segundo uma análise da EY, a exclusão definitiva da fabricante chinesa do 5G pode custar mais de mil milhões de euros à economia portuguesa.
"Qualquer matéria que signifique sobreonerar o setor é uma má notícia para os portugueses" porque "significaria desviar investimento que precisamos para continuar a ter mais cobertura para outra área", sublinhou o responsável, relembrando que nos últimos sete anos o setor investiu 10 mil milhões de euros em infraestruturas.
Questionado sobre se se vislumbra que o Estado participe "no esforço" referido pelo setor, Pedro Mota Soares mostra-se confiante. "Espero que exista sempre equilíbrio e razoabilidade nestas matérias, e estou convicto que existirá mesmo essa razoabilidade".
"Se o Estado toma uma medida que implica uma sobrecarga financeira para um operador, é normal que participe também nesse esforço", reforçou.