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Portugal pede até 1,5 mil milhões emprestados na quarta-feira

Tal como previsto no programa de financiamento, o IGCP vai aos mercados emitir até 1,5 mil milhões de euros em bilhetes do tesouro. Os títulos têm maturidade a seis e a 12 meses.

Pedro Elias/Negócios
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Portugal vai voltar na próxima quarta-feira, 17 de Maio, a pedir dinheiro emprestado aos investidores. A agência que gere a dívida pública agendou um leilão de dívida de curto prazo em que prevê arrecadar até 1,5 mil milhões de euros.

 

"O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 17 de Maio pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de bilhetes do Tesouro com maturidades em 17 de Novembro de 2017 e 18 de Maio de 2018, com um montante indicativo global entre 1250 milhões de euros e 1500 milhões de euros", indica uma nota da agência presidida por Cristina Casalinho.

 

Em causa está a reabertura da linha de bilhetes do tesouro com maturidade dentro de seis meses e o lançamento de uma série de bilhetes do tesouro que têm de ser reembolsados dentro de um ano. O montante que caberá a cada prazo é só definido durante a operação e consoante a procura, como habitualmente.

 

O montante indicativo avançado para a emissão é idêntica à que consta das linhas de actuação para o segundo trimestre para o programa de financiamento de 2017. Além desta emissão, o IGCP realizou um leilão de bilhetes do tesouro em Abril e estima realizar outro em Junho no trimestre.

 

Além dos bilhetes do Tesouro, o financiamento previsto pela agência que gere a dívida pública também é feito através de obrigações, com maturidade mais longas. Esta quarta-feira, Portugal financiou-se em 1.250 milhões, o valor máximo pretendido, com taxas mais baixas do que em operações idênticas.

 

Estas são operações no mercado primário, em que o Estado coloca directamente os títulos de dívida junto dos investidores. No mercado secundário, onde os investidores negoceiam entre si essa dívida, as rendibilidades exigidas para comprar dívida portuguesa têm vindo a recuar. Hoje, a taxa de juro implícita das obrigações a dez anos fixou um novo mínimo desde Novembro de 2016 abaixo dos 3,4%.

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