Notícia
Portugal financia-se em 1.250 milhões. Paga juro de 2,75% pela dívida a dez anos
O Tesouro foi esta quarta-feira ao mercado para uma emissão de obrigações a quatro e dez anos. Foi a primeira operação desde que Miguel Martín assumiu a presidência do IGCP.
Portugal voltou a pagar mais para se financiar no mercado de dívida pública. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP emitiu esta quarta-feira um total de 1.250 milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) a quatro e dez anos, em linha com a meta que tinha estabelecido, mas foi preciso um juro mais elevado para o garantir.
Já nas obrigações que atingem o prazo a 21 de julho de 2026, a emissão desta quarta-feira foi de 470 milhões de euros, tendo para isso pago um juro de 1,777%.
Entre as emissões mais recentes está uma realizada pelo país em março de títulos com maturidade em 2027, na qual o juro se fixou em 0,217%. Em mercado secundário, estes títulos a quatro anos negoceiam com uma "yield" de 1,79%.
Miguel Martín chegou à presidência do IGCP há duas semanas e estreou-se nas operações de mercado num momento de agravamento das “yields" pelo que os analistas já esperavam que os grandes investidores pedissem ao país para pagar mais por este financiamento.
A escalada da inflação (agravada pela guerra) levou o Banco Central Europeu (BCE) a travar na compra de ativos e a subir juros duas vezes consecutivas, o que tem resultado num agravamento das "yields" das dívidas soberanas. Ainda assim, o efeito poderá ter sido atenuado pelas recentes subidas ao “rating” da dívida portuguesa por duas agências de notação.
Sinal disso é a procura por dívida nacional, que apesar de ter diminuído manteve a robustez. Nas obrigações a dez anos ficou 1,72 vezes acima da oferta (contra 2,68 vezes no último leilão comparável) e a quatro anos fixou-se em 2,02 vezes (face a 2,04 vezes em março). (Notícia atualizada)
No caso da maturidade "benchmark", ou seja a dez anos (até16 de julho de 2032), o IGCP colocou 780 milhões de euros em obrigações a uma taxa de juro de 2,754%. A "yield" fica acima dos 2,33% pagos em junho num leilão de OT com maturidade comparável e ainda mais quando comparado com a abertura desta linha em abril.
Já nas obrigações que atingem o prazo a 21 de julho de 2026, a emissão desta quarta-feira foi de 470 milhões de euros, tendo para isso pago um juro de 1,777%.
Entre as emissões mais recentes está uma realizada pelo país em março de títulos com maturidade em 2027, na qual o juro se fixou em 0,217%. Em mercado secundário, estes títulos a quatro anos negoceiam com uma "yield" de 1,79%.
Miguel Martín chegou à presidência do IGCP há duas semanas e estreou-se nas operações de mercado num momento de agravamento das “yields" pelo que os analistas já esperavam que os grandes investidores pedissem ao país para pagar mais por este financiamento.
A escalada da inflação (agravada pela guerra) levou o Banco Central Europeu (BCE) a travar na compra de ativos e a subir juros duas vezes consecutivas, o que tem resultado num agravamento das "yields" das dívidas soberanas. Ainda assim, o efeito poderá ter sido atenuado pelas recentes subidas ao “rating” da dívida portuguesa por duas agências de notação.
Sinal disso é a procura por dívida nacional, que apesar de ter diminuído manteve a robustez. Nas obrigações a dez anos ficou 1,72 vezes acima da oferta (contra 2,68 vezes no último leilão comparável) e a quatro anos fixou-se em 2,02 vezes (face a 2,04 vezes em março). (Notícia atualizada)