Portugal esteve no mercado para o primeiro leilão de Bilhetes do Tesouro (BT)  de 2025, tendo colocado mil milhões de euros a 12 meses. Quando confirmou que iria realizar esta operação, na semana passada, a IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública informou que pretendia arrecadar entre mil milhões e 1.250 milhões de euros.

O juro cifrou-se nos 2,416%, tendo por isso ficado abaixo dos 2,77% pagos aos investidores no último leilão comparável, realizado em setembro. A procura ficou, no entanto, abaixo da última emissão, em concreto em 2,67 vezes, enquanto o rácio "bid to cover" na última operação foi de 3,29 vezes.

A última vez que Portugal esteve no mercado para emitir BT a um ano foi em setembro de 2024, tendo colocado na altura 750 milhões de euros num leilão duplo de dívida de curto-prazo, dos quais 500 milhões de euros a 12 meses.

A agência liderada por Miguel Martín espera que as necessidades de financiamento líquidas do Estado para 2025 sejam de 18 mil milhões de euros, um aumento de quase 10 mil milhões em relação a este ano (8,5 mil milhões de euros).

Os Bilhetes do Tesouro (BT) deverão render (já a contar com esta emissão) 4,6 mil milhões de euros em financiamento líquido, estando previstos leilões mensais na terceira quarta-feira de cada mês - e, se se justificar, na primeira quarta-feira do mês. 

Por sua vez, a emissão bruta de Obrigações do Tesouro (OT), juntamente com sindicatos e leilões mensais, deverá obter 20,5 mil milhões de euros. Como a emissão sindicada realizada há uma semana, o IGCP conseguiu já um quinto do financiamento necessário para o ano todo

(Notícia atualizada às 11 horas).