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Portugal conclui emissões de dívida de curto prazo de 2016

O IGCP vai buscar até 1.500 milhões aos investidores esta quarta-feira. Fica fechado, aí, o programa de financiamento de 2016 em Bilhetes do Tesouro. Leilões destes títulos de curto prazo só em 2017.

Pedro Elias
11 de Novembro de 2016 às 16:38
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Portugal volta a colocar títulos de dívida de curto prazo, que terá de reembolsar dentro de 6 e 12 meses, esta quarta-feira, 16 de Novembro. Com o dinheiro que arrecada, conclui o que se tinha proposto para as emissões de Bilhetes do Tesouro. Novos leilões só voltam em 2017.

 

"O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 16 de Novembro pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de Bilhetes do Tesouro com maturidades em 19 de Maio de 2017 e 17 de Novembro de 2017, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros", assinala um comunicado emitido na semana passada pela agência presidida por Cristina Casalinho (na foto).

 

O montante máximo que o Tesouro português se propõe a pedir emprestado – e que terá de devolver em Maio ou em Novembro do próximo ano – encontra-se abaixo do intervalo entre 1.500 e 1.750 milhões de euros que estava previsto.

 

A última vez que tinha ido ao mercado de curto prazo, a 19 de Outubro, o Estado colocou bilhetes a três meses com juros negativos ainda que não no prazo a 11 meses. Nessa altura, o montante emitido foi superior ao que estava estimado inicialmente.

 

"Após este leilão o programa de financiamento de 2016 de Bilhetes do Tesouro ficará completo", assegura o IGCP no comunicado oficial. "Assim, não se realizará o leilão previsto para 7 de Dezembro", continua a agência responsável por gerir a dívida pública. Nesta emissão do último mês do ano, o Estado deveria arrecadar entre 750 e 1.000 milhões de euros.

 

À excepção da próxima quarta-feira, Portugal não volta em 2016 aos mercados de dívida de curto prazo, mesmo depois da manutenção do "rating" da DBRS (crucial para a participação no programa de compras de activos do BCE), evitando a incerteza causada pelas eleições nos Estados Unidos da América e a vitória de Donald Trump.

 

Não estando no mercado de dívida de curto prazo, o IGCP ainda poderá regressar às emissões de longo prazo. No início do último trimestre do ano, a indicação dada foi a de que haveria um a dois leilões de obrigações do Tesouro, títulos de dívida de mais longo prazo. Em Outubro, já houve uma emissão de obrigações que permitiu ao Estado ir buscar mil milhões de euros para devolver em 2021. Poderá ainda acontecer uma este ano. 

 

O IGCP quer chegar a 2017 com 40% das necessidades de financiamento que irá enfrentar já preenchidas.



(Notícia actualizada às 16:58 com mais informações)


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