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Portugal coloca 750 milhões em dívida a seis e 12 meses. Juro abaixo de 3% no prazo mais longo

A República esteve esta quarta-feira no mercado para emitir 750 milhões de euros em dívida a seis e 12 meses. O cupão ficou acima de 3% na maturidade mais curta e abaixo desse patamar na mais longa.

Vítor Mota
18 de Setembro de 2024 às 11:00
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Na primeira emissão de bilhetes do Tesouro (BT) depois de uma pausa em agosto, Portugal colocou, esta quarta-feira, 750 milhões de euros num leilão duplo de dívida de curto-prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP pretendia captar até mil milhões de euros.

Na linha que atinge a maturidade em março de 2025 foram colocados 250 milhões de euros em BT, com um cupão de 3,161%. A procura foi 4,72 vezes superior à oferta.

Já no leilão a 12 meses foram angariados 500 milhões de euros, com a taxa de juro a ficar abaixo de 3%, nos 2,77%. A procura ficou 3,29 vezes acima da oferta.

A última vez que Portugal esteve no mercado para emitir títulos com estes prazos foi a 15 de maio. Na altura, Portugal colocou um total de 1.250 milhões de euros, com os juros de ambas as linhas a superarem os 3%No caso das BT a 12 meses, foram emitidos 500 milhões de euros, com uma taxa de 3,451% e uma procura a ultrapassar a oferta em 2,49 vezes. Já no caso dos títulos a seis meses, foram 750 milhões de euros, colocados a uma taxa de 3,631%, tendo a procura excedido a oferta em 2,6 vezes.

Em ambas as maturidades a procura foi superior na emissão desta quarta-feira e os cupões também desceram, de forma mais significativa na dívida emitida a 12 meses. O cupão é, por norma, mais elevado na maturidade mais longa devido ao efeito da inflação e ao aumento da incerteza, mas a inversão nesta emissão poderá demonstrar as expectativas dos investidores de que daqui a um ano o alívio da política monetária do Banco Central Europeu seja maior do que nos próximos seis meses.

"A descida que verificamos acaba por refletir o movimento que temos tido no mercado e está em sintonia com as perspetivas dos bancos centrais. O Banco Central Europeu (BCE) voltou a descer as taxas de juro em setembro e a Reserva Federal também deverá iniciar o ciclo de descidas", explicou Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa.

Desde então, o BCE levou a cabo duas descidas das taxas de juro de referência na Zona Euro - a última foi anunciada esta quinta-feira. No total são menos 50 pontos base, que levaram a taxa sobre os depósitos para 3,5% e aliviam os custos de financiamento de países e empresas na região.

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