Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Nova dívida fica mais cara mas custo do "stock" ainda cai. Fica em 1,8% em 2022

As obrigações que o país coloca no mercado têm tido juros mais elevados desde 2020. Ainda assim, o custo do total do "stock" alivia há uma década.

  • 2
  • ...
Portugal está a pagar mais para se financiar nos mercados, mas o custo do total da dívida pública ainda está a aliviar. O encargo médio do "stock" fixou-se em 1,8% no ano passado, segundo dados divulgados esta quarta-feira pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP.

Ao longo da última década, o custo médio dos juros que o país paga pelos 278,5 mil milhões de euros que tem em dívida pública tem vindo a cair de forma consistente. E essa redução voltou a acontecer em 2022, mas a um ritmo mais lento. A taxa média de 1,8% compara com 1,9% no ano anterior. Em 2012 tinha sido de 3,9%.

Por outro lado, a nova dívida emitida segue já um caminho contrário. As taxas de colocação têm vindo a agravar-se desde o ano passado e atingiram uma média de 3,5% entre janeiro e março, o valor mais elevado desde 2014.

No total do ano passado, a nova dívida custou, em média, 1,7%. É um aumento ainda maior quando comparado com 2021, ano em que Portugal se financiou, em média, com uma taxa de juro de 0,6%, ou com os 0,5% registados em 2020 - a mais baixa de sempre para o país.

A taxa de juro média a que Portugal se financiou nos mercados alinha com a tendência internacional no mercado obrigacionista, que se ajusta à escalada da inflação e à subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE).
Desde 2011, o custo da nova dívida tinha vindo a descer, tendo em 2020 tocado em mínimos históricos, graças aos programas de compra de ativos da autoridade monetária liderada por Christine Lagarde. Mas, em 2020, ano fortemente marcado pela pandemia, o custo da dívida emitida pelo país já tinha começado a subir, uma tendência se aprofundou.


Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio