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Gestores hospitalares esperam subida salarial em linha com 10% a 20% de outras carreiras
Negociações para a revisão da carreira, sem alterações há duas décadas, já arrancaram e está prevista nova reunião dia 15.
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) ainda não tem um caderno reivindicativo fechado, mas espera obter no processo negocial com o Ministério da Saúde subidas salariais que acompanhem as que foram já garantidas noutras carreiras da saúde, na ordem dos "10%, 15%, 20%".
"Obviamente que as negociações que estão a acontecer com outras carreiras estabelecem novos precedentes", diz Xavier Barreto, o presidente da APAH, em entrevista ao Negócios e Antena 1 no programa Conversa Capital.
A abertura da mesa negocial prometida pelo Governo já ocorreu e a próxima reunião está marcada para a próxima semana, no dia 15. Mas, embora a questão salarial seja um dos pontos da discussão, Xavier Barreto destaca que mais importante será garantir uma estrutura de carreira, que é ainda inexistente, que preveja avaliação de desempenho e progressão.
"Por volta do ano 2000, os hospitais foram transformados em empresas. E o vínculo que é estabelecido com os trabalhadores deixou de ser um vínculo de emprego público e passou a ser um contrato de trabalho de direito privado. Todas as profissões tiveram de ter um acordo coletivo de trabalho novo. Menos os administradores hospitalares", explica.
"No meu caso, estou contratado desde 2009 na ULS São João. Nunca tive uma avaliação de desempenho porque não tenho uma estrutura de carreira. Nunca progredi. Estou na mesma posição que estava em 2009. Nunca tive um aumento salarial", exemplifica também. Na mesma situação, estarão "centenas de pessoas pelo país todo"