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Moody’s deixa rating do Brasil à beira de "lixo"

A agência de notação financeira cortou a classificação soberana do Brasil pela segunda vez desde que a presidente Dilma Rousseff chegou ao poder, em 2011. O "outlook" é estável, o que não deixa antever, para já, um novo corte.

Brasil 6ª posição em 2030, com PIB de 3.955 mil milhões de dólares, após 7ª posição em 2014.
11 de Agosto de 2015 às 22:17
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A agência Moody’s Investors Service cortou em um nível a dívida soberana de longo prazo do Brasil, de Baa2 para Baa3, ficando assim à beira do chamado "lixo" – uma vez que recai na categoria de investimento especulativo. Com efeito, se descer mais um patamar, fica em Ba1, que é já considerado "junk".

Já a perspectiva é "estável", o que significa que a Moody’s não pretende, no curto prazo, voltar a descer a notação soberana do Brasil.

 

A justificar a decisão do corte de rating está "o desempenho económico mais fraco do que o esperado, a consequência tendência de aumento da despesa pública e a ausência de consenso político sobre reforças orçamentais, o que impedirá o governo de alcançar um excedente primário suficientemente alto para conter e inverter a crescente tendência de aumento da dívida este ano e no próximo", refere a agência no relatório divulgado esta terça-feira, 11 de Agosto.

 

O Brasil, que está a ser sacudido por um suposto escândalo de corrupção envolvendo a petrolífera Petrobras – numa investigação que recebeu o nome de Lava Jato –, tem um rating de BBB- (último patamar da categoria de investimento) na Standard & Poor’s (que no passado dia 28 de Julho alterou o ‘outlook’ para ‘negativo’) e de BBB na Fitch (dois níveis acima de "lixo") com perspectiva também ‘negativa’.


(notícia actualizada às 22h31)

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