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Moody’s deixa rating do Brasil à beira de "lixo"
A agência de notação financeira cortou a classificação soberana do Brasil pela segunda vez desde que a presidente Dilma Rousseff chegou ao poder, em 2011. O "outlook" é estável, o que não deixa antever, para já, um novo corte.
A agência Moody’s Investors Service cortou em um nível a dívida soberana de longo prazo do Brasil, de Baa2 para Baa3, ficando assim à beira do chamado "lixo" – uma vez que recai na categoria de investimento especulativo. Com efeito, se descer mais um patamar, fica em Ba1, que é já considerado "junk".
Já a perspectiva é "estável", o que significa que a Moody’s não pretende, no curto prazo, voltar a descer a notação soberana do Brasil.
A justificar a decisão do corte de rating está "o desempenho económico mais fraco do que o esperado, a consequência tendência de aumento da despesa pública e a ausência de consenso político sobre reforças orçamentais, o que impedirá o governo de alcançar um excedente primário suficientemente alto para conter e inverter a crescente tendência de aumento da dívida este ano e no próximo", refere a agência no relatório divulgado esta terça-feira, 11 de Agosto.
O Brasil, que está a ser sacudido por um suposto escândalo de corrupção envolvendo a petrolífera Petrobras – numa investigação que recebeu o nome de Lava Jato –, tem um rating de BBB- (último patamar da categoria de investimento) na Standard & Poor’s (que no passado dia 28 de Julho alterou o ‘outlook’ para ‘negativo’) e de BBB na Fitch (dois níveis acima de "lixo") com perspectiva também ‘negativa’.
(notícia actualizada às 22h31)