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Desemprego no Brasil subiu num ano de 4,9% para 7,5%

A taxa de desemprego agravou-se para máximos de Março de 2010 e é a pior marca num mês de Julho desde 2009. Há um ano estava em 4,9%, actualmente encontra-se nos 7,5%.

Negócios 20 de Agosto de 2015 às 15:39
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A taxa de desemprego no Brasil voltou a agravar-se em Julho, ao passar de 6,9% para 7,5%. Este é o valor mais elevado desde Março de 2010 e é também a pior marca para um mês de Julho desde 2009. Há um ano, o desemprego estava em 4,9%


Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 20 de Agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e citados pela imprensa brasileira, a população desocupada cifrava-se em Julho em 1,8 milhões de pessoas, uma subida de 9,4% face a Junho e de 56% na comparação com Julho de 2014. Já a população ocupada permaneceu estável, em 22,8 milhões de pessoas, na comparação em cadeia e homóloga.

Ontem, o banco central brasileiro anunciou a sua estimativa de que o PIB do país tenha sofrido uma contracção em cadeia de 1,89% no segundo trimestre deste ano, em resultado de um agravamento da retracção no investimento e no consumo. É o terceiro trimestre consecutivo de quebra do PIB, que no trimestre anterior havia encolhido 0,88%, depois de um recuo de 0,45% nos três últimos meses de 2014.

O banco central divulgou igualmente,os resultados dos inquéritos que regularmente realiza junto de um painel de economistas e que apontam para uma nova degradação das expectativas. Nos cálculos dos economistas, o PIB brasileiro deve encolher 2,01% neste ano e 0,15% no próximo. Se estas projecções se confirmarem, o Brasil terá registado a pior recessão em 25 anos, apenas comparável à vivida em 1990 aquando do Plano Collor, quando a economia caiu 4,3% enquanto a inflação se escrevia com quatro dígitos. O crescimento dos preços duplica actualmente a meta do banco central, mas está na casa dos 10%.

Nas últimas semanas, duas das maiores agências de notação financeira baixaram o "rating" do Brasil deixando os títulos de dívida emitidos pelo Governo à beira de classificação de investimento especulativo, ou lixo. Por detrás das decisões da Moody's e da Standard & Poor’s está o desempenho económico mais fraco do que o esperado, a subida da despesa pública e a ausência de consenso político sobre as reformas, o que impedirá o governo de alcançar um excedente primário suficientemente elevado para conter e inverter a crescente tendência de aumento da dívida pública.

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