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Moody’s: Portugal é um dos países que vai sofrer maior destruição económica por causa da covid

A agência de "rating" traça perspetivas negativas para o crédito soberano em 2021, fruto das medidas tomadas pelos Governos para conter os efeitos da crise da covid-19.

Manuel de Almeida
10 de Novembro de 2020 às 11:27
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A agência de notação financeira Moody’s traça um cenário negativo para a avaliação de risco das dívidas soberanas em 2021, devido ao esforço orçamental exigido para financiar programas de recuperação. No entanto, há países onde o impacto da crise da covid-19 vai ser maior. Portugal está na lista dos mais afetados, onde deverá haver maior "destruição económica".

 

"Economias como a Grécia, Portugal (Baa positivo) ou Itália, nas quais as empresas de pequena dimensão contribuem para uma grande percentagem do PIB e do emprego, vão sofrer maior destruição económica dado as reduzidas reservas das pequenas empresas, menores alternativas de financiamento e horizontes mais curtos", antecipa a agência de notação financeira no seu "Outlook" para o crédito em 2021.

 

A Moody’s é atualmente a única agência que mantém uma perspetiva positiva para a dívida portuguesa, mas face às expectativas que traça para o próximo ano, esta situação pode alterar-se, com a entidade a reduzir o outlook para estável, à semelhança do que já fizeram a Standard & Poor’s e a Fitch.

 

De um modo geral, o outlook da Moody’s "para a qualidade de crédito soberana em 2021 é negativa, a refletir as nossas expectativas para as condições fundamentais que conduzirão o crédito soberano nos próximos 12-18 meses. As consequências generalizadas da pandemia e as medidas adotadas pelos soberanos para contê-la criaram um choque económico, orçamental e social que durará até 2021 e além".

 

No curto prazo, a agência de rating acredita que "a crise vai continuar a ser sentida de forma mais aguda por soberanias com perfis de crédito mais fracos", o que se vai refletir em economias menos resilientes e menor espaço para responder com programas orçamentais. Já economias mais diversificadas e flexíveis deverão recuperar mais rapidamente.

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