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Marques Mendes: Dagong pode tirar Portugal de "lixo" e permitir que investidores chineses comprem dívida
A Dagong subiu o rating de Portugal em Agosto de 2017, para o nível mais alto na categoria de "lixo", mas de acordo com o comentador da SIC, poderá voltar a fazê-lo até final do ano.
Luís Marques Mendes afirmou esta noite quer a agência de rating chinesa Dagong "pode, ainda este ano", elevar a notação financeira de Portugal, "retirando-a do nível de lixo".
Segundo o comentador da SIC, que não afirmou onde obteve esta informação, esta potencial decisão "permitirá que as entidades e investidores chineses possam comprar dívida pública portuguesa", pois cai uma das restrições actualmente existente.
Esta subida de rating, a confirmar-se, surgiria pouco depois de a Dagong já ter melhorado a notação financeira de Portugal.
É que a Dagong, a 16 de Agosto deste ano, subiu o "rating" de Portugal de "BB" para "BB+", o que representa o nível mais elevado na categoria de lixo. A notação estava em "BB" desde 2013, sendo que este é um rating não solicitado por parte de Portugal.
A perspectiva do "rating" ficou estável, com a Dagong a assinalar pela positiva as melhorias na procura interna e externa, que aceleraram o crescimento da economia. Uma expansão do excedente orçamental primário e uma redução dos custos financeiros melhorou a segurança das fontes de pagamento da dívida", referiu a agência na nota publicada a 16 de Agosto.
A Dagong acrescentou que o "fardo da dívida pública entrou numa trajectória descendente", sendo que a solvência do Estado português "registou melhorias".
No que diz respeito à emissão de dívida em moeda chinesa por parte de Portugal, está já em estudo há vários meses por parte do Governo de António Costa.
"É uma forma de alargar a nossa base de investidores e de atrair financiamento", explicou Mário Centeno, em declarações à agência Lusa, no final de uma visita de três dias à China, realizada em Maio deste ano.
Na altura o ministro das Finanças afirmou que Portugal pode tornar-se o primeiro país da zona do euro a emitir títulos denominados na moeda chinesa, o renminbi - também designando yuan.
Adiantou contundo que a captação de capital na China estará, porém, dependente da evolução do 'rating' soberano português, atribuído pelas três maiores agências de notação financeira - Moody's, Standard and Poor's e Fitch -, que continuam a colocar o 'rating' do país como 'lixo'.