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Manso Neto: "KKR é o par perfeito" para impulsionar crescimento da Greenvolt

A energética anunciou esta sexta-feira um investimento de 200 milhões de euros do fundo norte-americano através da emissão de obrigações convertíveis em ações.

A empresa liderada por João Manso Neto não abandona a ideia de recorrer novamente ao retalho para aproveitar as várias fontes de investimento disponíveis no mercado.
Phil Boutefeu
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A norte-americana KKR é o "par perfeito" para impulsionar o crescimento da Greenvolt. Quem o diz é o CEO da energética João Manso Neto, numa "conference call" com analistas após ter anunciado um investimento de 200 milhões de euros através da emissão de obrigações convertíveis em ações.

"Estamos a desenvolver o nosso plano de negócio muito bem. A questão que colocamos a toda a hora é: podemos mover-nos mais rapidamente?", começou por dizer o CEO da Greenvolt, explicando que a empresa tem atualmente 51 MWp em operação, 149 MWp em data de exploração comercial e outros 346 MWp em construção.

"Temos tido muito sucesso em mercados tradicionais", afirmou, lembrando o aumento de capital e a emissão de obrigações junto do retalho. "Mas sabemos que queremos ser mais ambiciosos, temos de fazer outras coisas".

É neste contexto que surge a parceria com a KKR. A Greenvolt anunciou esta sexta-feira a emissão de 200 milhões de euros em nova dívida que foi totalmente comprada por um fundo de infraestruturas da empresa de investimento.

As obrigações a sete anos - que não serão admitidas à negociação na Euronext Lisbon e que contam com uma taxa de juro anual de 4,75% - são convertíveis em capital ao fim do terceiro ano pelo que o fundo norte-americano pode tornar-se então acionista da energética.

Questionado sobre a razão para não ter feito um aumento de capital para o fundo entrar na estrutura acionista da cotada, o CEO explicou: "tínhamos prometido aos nossos acionistas que não haveria mais diluições das posições pelo que esta foi a solução". 

 

Ao fim dos três anos, o preço de conversão destes títulos em ações ficou definido em 10 euros, o que avalia a empresa de renováveis em 1,6 mil milhões de euros. Esta quinta-feira, a cotada fechou a sessão nos 7,87 euros por ação, seguindo esta sexta-feira a valorizar 3% para 8,11 euros.

No seguimento do acordo, a KKR vai nomear também um administrador não-executivo para a empresa. "Ter um administrador é uma forma das ideias fluírem", disse Manso Neto. "A KKR é o par perfeito. É não só um obrigacionista, mas um parceiro", sublinhou.


O crescimento que a Greenvolt procura é orgânico, mas também não orgânico. A empresa tem sido ativa nas aquisições, uma estratégia que continuará, em conjunto com parcerias.


"Não é segredo que temos a intenção de expandir em novos mercados europeus, especialmente no Sul da Europa. Grécia e Itália são claros objetivos e iremos anunciar novidades muito em breve. As negociações estão muito avançadas", acrescentou.
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