Notícia
Kremlin promete pagar cupões da dívida, mas investidores internacionais têm acesso vedado ao dinheiro
O Kremlin vai pagar os cupões relativos a obrigações expressas em moeda russa que estão nas mãos de não residentes, a questão mais complicada é como é que os investidores vão ter acesso ao dinheiro já que o país proibiu as transferências internacionais.
Depois de ter sido avançado por várias agências de notícias internacionais que o Banco Central russo havia proibido o pagamento de cupões relativos a emissões obrigacionistas em rublos, uma fonte próxima do assunto explicou à Bloomberg que afinal "a Rússia vai pagar o cupão, no entanto, não está claro como é que os investidores estrangeiros serão capazes de aceder ao dinheiro, já que o banco central bloqueou as transferências internacionais".
Esta notícia surge no mesmo dia em que vence o cupão de uma emissão de obrigações em rublos. No total, existem cerca de 29 mil milhões de dólares em obrigações expressas em moeda russa nas mãos de não residentes.
Na terça-feira, questionado pela Bloomberg, o Banco Central da Rússia explicou que "os emitentes têm o direito de tomar decisões sobre o pagamento de dividendos e a realização de outros pagamentos sobre obrigações, assim como o poder de transferi-los para o sistema contabilístico", avançando que não pagaria cupões a "investidores não residentes".
O regulador justificou esta ação "em nome da estabilidade financeira do mercado russo".A Interfax adiantou que a proibição estará em vigor durante meio ano.
Com metade das reservas externas congeladas no estrangeiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, proibiu ainda os residentes no país de enviarem dinheiro para contas bancárias no estrangeiro.
Para os analistas, esta medida "aumenta a probabilidade de resultados mais severos para os detentores de títulos de dívida russa", alertou a Moody's num comunicado emitido esta semana.
Por sua vez, o considerado "guru" do mercado forex, Zoltan Pozsar do Credit Suisse alertou, em entrevista à Bloomberg, que este cenário pode ser o impulsionador para "um novo ponto de viragem para o dólar". "O dólar pode ficar mais forte, a guerra e as sanções são excelentes trampolins para moedas globais [como a nota verde]".
Na semana passada, os juros sobre a dívida soberana russa agravaram para mais de 10%, enquanto as principais cotadas do país, como a Gazprom, viram as ações caírem a pique. Estes movimentos levaram o Kremlin a suspender a sessão esta quarta-feira, pelo terceiro dia.
Esta notícia surge no mesmo dia em que vence o cupão de uma emissão de obrigações em rublos. No total, existem cerca de 29 mil milhões de dólares em obrigações expressas em moeda russa nas mãos de não residentes.
O regulador justificou esta ação "em nome da estabilidade financeira do mercado russo".A Interfax adiantou que a proibição estará em vigor durante meio ano.
Com metade das reservas externas congeladas no estrangeiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, proibiu ainda os residentes no país de enviarem dinheiro para contas bancárias no estrangeiro.
Para os analistas, esta medida "aumenta a probabilidade de resultados mais severos para os detentores de títulos de dívida russa", alertou a Moody's num comunicado emitido esta semana.
Por sua vez, o considerado "guru" do mercado forex, Zoltan Pozsar do Credit Suisse alertou, em entrevista à Bloomberg, que este cenário pode ser o impulsionador para "um novo ponto de viragem para o dólar". "O dólar pode ficar mais forte, a guerra e as sanções são excelentes trampolins para moedas globais [como a nota verde]".
Na semana passada, os juros sobre a dívida soberana russa agravaram para mais de 10%, enquanto as principais cotadas do país, como a Gazprom, viram as ações caírem a pique. Estes movimentos levaram o Kremlin a suspender a sessão esta quarta-feira, pelo terceiro dia.