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Juros da dívida portuguesa descem em dia de debate do OE
A taxa das obrigações portuguesas a dez anos desce quatro pontos base, estando abaixo dos 3,4%. As ”yields” italianas e espanholas têm descidas ligeiras.
Os juros implícitos da dívida portuguesa estão a aliviar no arranque desta semana, acompanhando a tendência registada nos restantes países da periferia da Zona Euro. No dia em que o Parlamento começa a discutir o Orçamento do Estado para 2016, a taxa a dez anos está abaixo dos 3,4%.
A taxa exigida pelos investidores passou abaixo de 3,4%, com uma descida de quatro pontos base em relação a sexta-feira. A "yield" é de 3,398%. O dia também está a ser de descidas ligeiras nas taxas italianas e espanholas. Nas obrigações italianas a dez anos, a "yield" desde 3,1 pontos base para 1,533%. Já nos títulos espanhóis, a taxa desce de 1,705% para 1,698%.
A queda das taxas portuguesas ocorre no dia em que o Parlamento começa a discutir o Orçamento do Estado e depois das obrigações nacionais terem passado por alguma pressão do mercado. A 11 de Fevereiro, a "yield" a dez anos ultrapassou durante a sessão a fasquia de 4,5%, com alguns bancos de investimento a mostrarem preocupação sobre a decisão da DBRS sobre o "rating" de Portugal. A agência canadiana é a única das consideradas pelo BCE que avalia a dívida nacional acima de "lixo", condição para que as obrigações portuguesas sejam incluídas nas compras do banco central.
No entanto, a DBRS tem defendido que está confortável com a notação atribuída a Portugal, apesar de se mostrar preocupada com o efeito da subida dos juros nos custos com o serviço da dívida. Apesar das descidas dos últimos dias, a taxa das obrigações portuguesas a dez anos está acima do registado no final de 2015, altura em que os investidores exigiam 2,516% para deter esses títulos.