Notícia
Juros portugueses acompanham alívio na Europa e caem para mínimos de mais de um mês
Em França e Itália os juros a dez anos também marcam mínimos de mais de um mês, depois de uma sondagem que alarga a vantagem de Macron nas eleições e de a confiança económica ter subido para máximos de quase seis anos.
Os juros da dívida pública portuguesa estão a descer em todas as maturidades pela segunda sessão consecutiva, tendo já atingido um novo mínimo de mais de um mês, no prazo a dez anos, nos 3,857%. Nesta altura, a ‘yield’ associada às obrigações a dez anos recua 4,5 pontos base para 3,889%.
Portugal acompanha, desta forma, uma tendência de alívio que se estende à generalidade dos países do euro, numa manhã em que foi conhecido que a confiança económica voltou a melhorar em Fevereiro, para máximos de quase seis anos e que a confiança dos consumidores portugueses ficou em máximos de 17 anos.
Em Espanha, os juros descem 2,4 pontos para 1,674%, depois de ter sido divulgado, esta manhã, que os preços subiram em Fevereiro pelo sexto mês consecutivo. A taxa de inflação fixou-se em 3%, este mês – o mesmo nível de Janeiro, que é o mais alto desde Outubro de 2012.
Em Itália, os juros da dívida a dez anos recuam 4,8 pontos para 2,147%, depois de terem chegado a tocar nos 2,128%, o valor mais baixo desde 26 de Janeiro.
Em França, a ‘yield’ está em forte queda pela quarta sessão consecutiva, depois de ter sido revelada mais uma sondagem que alarga a vantagem de Emmanuel Macron na corrida às eleições presidenciais, aliviando os receios do mercado em relação a uma possível vitória da líder da Frente Nacional, Marine Le Pen. Os juros a dez anos caem 3,0 pontos para 0,898%, após terem tocado no valor mais baixo desde 24 de Janeiro (0,877%).
Na Alemanha, onde os juros da dívida a dois anos atingiram um novo mínimo histórico na passada sexta-feira, a tendência é a inversa. A ‘yield’ das obrigações a dez anos sobe 1,5 pontos para 0,201%, levando o risco de Portugal – medido pelo spread face à dívida germânica – a recuar 4,9 pontos para 364,4.
Esta evolução acontece numa semana em que o mercado aguarda para ouvir o discurso da presidente da Reserva Federal, na sexta-feira, em Chicago, que poderá dar pistas sobre o ‘timing’ da próxima subida dos juros nos Estados Unidos, que o mercado aponta já para 15 de Março. No dia 9 é a vez de o Banco Central Europeu realizar a sua reunião mensal de política monetária.