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IGCP volta aos mercados para colocar até mil milhões de dívida a seis e a 10 anos

O IGCP vai realizar emissões de dívida a 9 de junho com maturidades a seis e a 10 anos e pretende arrecadar entre 750 milhões e mil milhões de euros com a dupla operação.

O instituto liderado por Cristina Casalinho tem conseguido reduzir o custo médio da dívida portuguesa, nos últimos anos.
Miguel Baltazar
04 de Junho de 2021 às 13:17
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A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) regressa ao mercado já na próxima quarta-feira, 9 de junho, com o objetivo de garantir entre 750 milhões de euros e mil milhões de euros com a emissão de obrigações soberanas com maturidades a seis e a 10 anos. 

"O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 9 de junho pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de OT com maturidade em outubro de 2027 (OT 0,7% 15out2027) e em outubro de 2031 (OT 0,3% 17out2031), com um montante indicativo global entre 750 milhões de euros e 1000 milhões de euros", segunda pode ler-se no comunicado divulgado no site da agência responsável pela gestão da dívida pública. 

Na última emissão, realizada a 12 de maio, Portugal colocou dívida a 10 e a 14 anos, sendo que no prazo de referência a 10 anos arrecadou 551 milhões de euros com uma "yield" de 0,505%, pagando assim um prémio superior ao que havia sido pago na emissão comparável feita a 10 de março, quando a "yield" se fixou em 0,237%. A "yield" de 0,505% representou o valor mais alto desde junho de 2020, período esse marcado pelo agravamento dos custos de financiamento numa altura em que a União Europeia ainda discutia um acordo em torno do inédito fundo de recuperação de resposta à crise pandémica. 

A 13 de janeiro deste ano, o país emitiu, pela primeira vez, dívida a 10 anos com juros negativos, tendo então beneficiado da descida generalizada das taxas de juro referentes às obrigações soberanas dos países que integram a Zona Euro. 

Esta sexta-feira, a taxa de juro exigida pelos investidores para adquirirem títulos soberanos de Portugal com maturidade a 10 anos está a recuar 0,8 pontos base para 0,453%.
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